sexta-feira, 9 de março de 2012

DAVI E AS CONSEQUENCIAS DA INFIDELIDADE CONJUGAL


Texto Áureo: Salmos 51.10
Verdade Prática: A infidelidade conjugal sempre traz terríveis conseqüências espirituais, morais e sociais àqueles que a praticam..
Leitura Bíblica: 2 Samuel 12.5-13

Lição 4

INTRODUÇÃO

Davi foi um exemplo de heroísmo, tanto pela sua bravura, como pela sua fé e confiança em Deus. O Senhor testificou dele, ao dizer: “Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi” (Sl 89.20). Entretanto, este homem não foi fiel; deixou-se levar pelo sentimento e pela paixão do coração, sendo derrotado pela intemperança, que trouxe grandes prejuízos, não somente a ele, mas a todo Israel. O descuido e a falta de oração e vigilância, com o trabalho do Senhor, têm levado muitos crentes, fiéis servos de Deus, à derrota. Nesta lição, estudaremos, antes de tudo, como confiar no Senhor e não em nossas forças, ou em nossa posição social, política e eclesiástica. Devemos pôr a nossa confiança no Senhor, para não sermos derrotados, como Davi rei de Israel.

I.                   A INTEMPERANÇA LEVA O CRENTE A PECAR

  1. Era tempo de sair (2 Sm 11.1,2): Diz o texto que Davi “ficou em casa”; “se pôs a dormir à hora da tarde”; “levantou-se do seu leito”. Antes ele dizia: “De madrugada te buscarei” (Sl 63.1). Agora, quando devia orar, vigiar e procurar saber como estavam seus soldados no campo de batalha, foi “dormir” e, depois “passear” no “terraço real de sua casa”. Enquanto “passeava”, viu uma mulher se banhando, e esta era formosa à vista (2 Sm 11.2). Este passeio custou muito caro ao soberano de Israel. Levou-o à tentação, à cobiça da mulher do próximo e, por fim, ao adultério. Davi perdeu o autodomínio, que é a temperança. Deus disse a Caim: “Se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti o será o seu desejo, e sobre dominarás” (Gn 4.7). A Palavra do Senhor tanto é proveitosa para nos advertir... Como para nos corrigir (2 Tm 3.16). Atent4emos para os ensinos das Escrituras e saibamos discernir as circunstâncias para fugirmos das tentações.
  2. Um passeio fora de tempo (2 Sm 11.2): O pecado da cobiça leva o homem ou a mulher a perder o domínio e a ficar sob o desejo da carne. O “passeio de Davi”, mesmo em seu palácio, levou-o à intemperança e à cobiça da mulher de Urias (2 Sm 11.2). Quando estamos na vontade de Deus, temos poder (At 5.32); quando perdemos a graça, a preguiça dá lugar à tentação. O pecado oferece prazer, mas traz aflição (Rm 2.9). Davi chegou a confessar: “Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia” (Sl 32.3).
  3. Uma pessoa pode levar outra a pecar (2 Sm 11.2-4): Bateseba, que fora tomar banho, não no lugar apropriado para esse fim, contribuiu para a queda de Davi. O exibicionismo nudista da mulher de Urias, ao tentar o servo do Senhor, levou-o a quebrar um dos maiores preceitos de Deus (Lv 18.20). O cristão deve ter cuidado com seu modo de vestir e de andar diante do sexo oposto. O (a) irmão (ã) faz parte daqueles que vivem nos balneários, nas praias, onde se propaga o nudismo?

II.                A APARÁBOLA PROFERIDA POR NATÃ

Deus não faz acepção de pessoas, e não tem o culpado por inocente (Dt 10.17; Na 1.3; At 10.34). O homem mais santo é capaz de pecar, de transgredir. Nossos corações, se não são iguais, são semelhantes. À medida em que andarmos em Espírito, venceremos as concupiscências da carne (Gl 5.16).
  1. A tentação bate a porta (2 Sm 12.4): “Havia numa cidade dois homens; um rico e outro pobre”. Na casa do primeiro chegou um “viajante”. Este era a “tentação”, que bateu à porta de Davi. Tenhamos cuidado, meus irmãos, com este “viajor perigoso”, que bate em todas as portas: do rico, do pobre, do pastor, do presbítero, do diácono, do solteiro, do casado, do jovem e de todos os crentes. O “rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas” (2 Sm 12.2), e o pobre nada possuía, senão uma cordeira que ele comprara e criara. Aquele tomou a ovelha deste, matou-a, preparou-a e banqueteou-se com o amigo.
  2. Julgamento precipitado (2 Sm 12.5,6): O furor de Davi se acendeu contra aquele homem. Ele não notou que a mensagem era para si próprio; por isso condenou à morte o que tomara a única ovelha do pobre, dizendo: “Digno de morte é o homem que fez isso” (2 Sm 12.5). Aquele que vive a pecar, não suporta as faltas. Presenciamos este fato dentro da igreja, onde alguns crentes em pecado estão a acusar os outros.
  3. O pecado endurece o coração (Pv 4.14-17): A transgressão desta lei levou o rei Salomão à queda, a manchar sua vida moral e spiritual, e perverter seu coração (Ne 13.126), fazendo-o esquecer a misericórdia de Deus.
Leia e anote as quatro dádivas de Deus concedidas a Davi: 1) “Eu te ungi rei sobre Israel; 2) Eu te livrei das mãos de Saul; 3) Eu te dei a casa de teu Senhor; 4) Eu te dei a casa de Israel e de Judá” (2 Sm 12.7,8). “Tu feriste a Urias e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom” (2 Sm 12.9). Ninguém pode afirmar que a tentação vem de Deus (Tg 1.13,14). Às vezes, Ele consente, a título de provação, para convencer o homem de  seus erros e trazê-lo para mais perto dele. Aconteceu assim com Davi, sendo necessário o envio de um profeta para levar-lhe uma mensagem de arrependimento

III.             AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE CONJUGAL

  1. Infidelidade conjugal de Davi (2 Sm 12.10-12): Davi, depois de cometer o pecado de infidelidade conjugal, foi repreendido por Deus, e, através do profeta Natã, ouviu a sentença, por sua transgressão: “Não se apartará jamais a espada da tua casa (família)...”; o que fizeste em oculto, eu farei perante todo Israel e perante o sol”.
  2. O pecado produz inquietação: Davi havia perdido toda a alegria, inclusive a da sua salvação (Sl 51.12). No entanto, o Espírito Santo, embora triste (Ef 4.30), continuava ao seu lado (Sl 51.11). O pecado afasta o homem de Deus. Ninguém pode ter comunhão com o Senhor, sem que abandone o pecado. Tem muita gente por aí conformada com essa situação. Davi clamou: “Não me lances fora”. Ele sabia que se não fosse perdoado, seria afastado de Deus, assim como Adão e Eva (Gn 3.23); Core, Datã e Abirã (Nm 16.32,33); Aça, Mirian e Arão (Js 7.24,26; Nm 12).
  3. O perdão de Deus reabilita o homem (Sl 32.1,2): Davi, ao confessar o seu pecado, recebeu o consolo, através do profeta Natã: “Deus perdoou o teu pecado” (2 Sm 12.13; Sl 32.5). O pecado perdoado pelo Senhor é totalmente esquecido por Ele (Mq 7.19). Perdão e gozo andam juntos. Este é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22), e o possuir é mandamento do Espírito (Ef 4.4). Todos nós estamos sujeitos à queda, mas Deus é grandioso em perdoar os nossos pecados (Is 55.7), e jamais se lembra deles (Hb 8.12), pois os lança no “mar do esquecimento”. Davi, apesar de perdoado, colheu o fruto de seu pecado: 1) morreu seu primeiro filho com a mulher de Urias (2 Sm  12.14-18); 2) sua filha, Tamar, desonrada por Amnom, também seu filho (2 Sm 13.12-14); 3) a revolta de Absalão (2 Sm 15.10-14) e o seu vergonhosos comportamento (2 Sm 16.20-23).
  4. Confissão e perdão produzem gozo (2 Sm 12.13; 1 Jo 1.9): A confissão é do homem, o perdão, de Deus. Cada falta cometida deve ser confessada. A confissão deve ser: com palavras, não com gestos ou intenção (Rm 10.10); feita a Deus, que é perdoador, e a Jesus Cristo, nosso Sacerdote; e diante da igreja, a critério do pastor (Mt 18.15-17).
Davi humilhou-se diante das palavras do profeta Natã. Após ouvir o que Deus mandara lhe dizer, arrependeu-se e recebeu o perdão. Ele pediu a purificação do seu pecado (Sl 51.2): “Purifica-me com hissope”. Foi com este instrumento que levaram vinagre à boca de Jesus (Jo 19.29). Davi pediu que seu pecado fosse apagado. Isto mostra que a dor moral da nossa infidelidade não se “purifica” de qualquer forma.



Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/ 1993
Comentarista: José Apolônio
Tema Central: Família – alicerce da sociedade.
Páginas: 13 - 15





































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