quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

QUE QUE ISTI QUER DIZER

Texto Áureo: Atos 2.17
Verdade Prática: Deus promete estar presente no meio do Seu povo até à consumação dos séculos.
Leitura Bíblica: Atos 2.12-21, 32-33
Lição 05
INTRODUÇÃO
Uma grande multidão ajuntou-se para ver e ouvir os discípulos que, ao serem batizados com o Espírito santo, glorificavam a Deus em outras línguas. Todos se admiravam de ouvir aqueles galileus falando em idiomas desconhecidos por eles. Uns, maravilhados, perguntavam o que aquilo queria dizer, enquanto outros zombavam dizendo que os discípulos estavam cheios de mosto, isto é embriagados.
I. O QUE FOI DITO PELO PROFETA (AT 2.16-18)
  1. “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus (At 2.17; Jl 2.28,29): O derramamento do Espírito aconteceria nos últimos dias. A expressão “últimos dias” abrange o tempo desde a vinda de Cristo ao mundo (Hb 1.2; 1 Jo 2.18) até o fim dos tempos. Dentro deste longo período acontecerão o “dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6; 1 Co 1.8 etc.) que é o dia do arrebatamento da igreja, o “Dia do Senhor” (1 Ts 5.2), que é o tempo da grande tribulação, e a segunda fase da segunda vinda de Cristo. Para os nossos dias, que são dias trabalhosos e difíceis (2 Tm 3.1), Deus tem nos proporcionado o Consolador, o Espírito Santo.
  2. “... que do meu Espírito derramarei” (At 2.17): O profeta fala de uma manifestação abundante do Espírito, pois usa a expressão “derramarei”. Da mesma abundância escreveu o profeta Isaías (Is 44.3; 58.11) e o próprio Jesus falou do Espírito que haveria de vir como rios de água (Jo 7.38,39). No dia de Pentecoste, haviam-se cumprido todas estas profecias.
  3. “... sobre toda a carne” (At 2.17): Esta benção está disponível, pela graça de Deus, a todos os que crêem em Jesus. No pacto do Antigo Testamento, um número limitado de pessoas teve suas experiências de relacionamento com o Espírito santo. Agora, porém, o Espírito passou a ser concedido a todos. Nenhuma igreja pode jamais dizer que tem o monopólio desta benção, pois ela é para todo quanto Deus nosso Senhor chamar (At 2.39). No dia de Pentecostes teve início esse derramamento universal do Espírito santo.
II. A PLATAFORMA PARA A MANIFESTAÇÃO DOS DONS E OUTRAS MARAVILHAS DO ESPÍRITO SANTO
A profecia de Joel diz que os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão. Outras manifestações do Espírito santo seguir-se-iam a este derramamento inicial. Também Jesus falou dos sinais que seguiriam os que cressem (Mc 16.17,18). Os dons espirituais seguem ao batismo com o Espírito Santo. “Falavam línguas e profetizavam”, e não ao contrário disso (At 19.6; 2. 17, 18).
Mediante a operação do Espírito em nós, somos transformados de glória em glória (2 Co 3.17,18). Na obediência absoluta à direção do Espírito, podemos experimentar o seu poder (At 5.32). Muitos só desejam a alegria transbordante da presença do Senhor e a sensação de falar em línguas estranhas. Todavia se não houver submissão à doutrina do Senhor e à direção do Espírito Santo, Ele se entristece (Ef 4.30) e o crente fica sem poder.
III. O REVESTIMENTO DO ESPÍRITO É O SEGREDO DA NOSSA VITÓRIA
O crente necessita sempre ter vitória sobre a carne (Rm 6.12,13, 16), sobre o mundo (1 Jo 2.15-17) e sobre o Diabo (1 Pe 5.8; Tg 4.7). Por Cristo temos a vitória (1 Co 15.57; Rm 8.37-39; Fp 4.13). O batismo com o Espírito Santo é o poder inicial de uma vida de profunda comunhão com Jesus. Assim como o povo de Israel, após ter passado o Jordão, não parou às margens do rio, mas avançou passo a passo para conquistar a terra, assim aquele que recebeu o poder do Espírito Santo ao ser batizado no Espírito deve avançar para uma vida cada vez mais consagrada, em sujeição absoluta ao Espírito Santo. Nisto está a completa vitória! E somente a conseguiremos se vivermos sob o derramamento contínuo do Espírito Santo sobre nós! “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Literalmente, a redação desta expressão é: “Continuai enchendo-vos do Espírito”.
IV. É A PROVISÃO DE DEUS PARA OS ÚLTIMOS DIAS
Quando o poder de Deus opera em nós, podemos resistir no dia mau (Ef 6.13). O ataque do inimigo contra a fé (Lc 18.), contra a esperança ( 2 Pe 3.1-3) e contra o amor (Mt 24.12). Mas o Espírito opera no crente, isso aumenta a nossa fé (2 Co 4.13). O Espírito, ao operar em nós enche-nos de esperança (Rm 15.13). O Espírito também opera como Espírito de amor ( 2 Tm 1.7) derramando o amor de Deus em nossos corações (Rm 5.5)
A igreja necessita deste poder. Somente assim exercerá autoridade espiritual e influência cristã neste mundo e, finalmente, estará vitoriosa de pé diante de Jesus (Lc 21.36).
  1. Estão cheios de mosto (At 2.13): Através dos tempos sempre tem havido pessoas que se fazem juízes das manifestações de Deus. É que o homem natural não entende as coisas de Deus (12 Co 2.14). A atitude de quebrantamento de Ana foi mal interpretada pelo sacerdote Eli (1 Sm 1.13,14); Mical desprezou Davi que se alegrava diante de Deus (2 Sm 6.14-20); Jesus foi considerado como fora de si, pela mãe e por seus irmãos (Mc 3.21). Ainda hoje a experiência do batismo com o Espírito Santo é descrita em termo pejorativo, por alguns. Nesse caso, podemos calmamente dizer como Pedro: “não estão embriagados, como vós pensais...” (At 2.15).
  2. “São homens sem letras...” (At 4.13): Era uma forma de menosprezar o movimento pentecostal que se seguiu ao derramamento do Espírito Santo.
Dizendo que os discípulos eram homens sem letras, era como se dissessem que se tivessem estudado não fariam parte daquele movimento. Interessante é que disseram o mesmo de Jesus (Jo 7.15). Entre os crentes da igreja primitiva havia pessoas de todas as camadas sociais, exercendo as mais diferentes profissões. Havia pescadores, funcionários públicos (Mt 9.9,10), membro do Sinédrio (a corte de justiça de Israel , Lc 23.50), médico (Cl 4.14)etc. O dom de Deus independe de grau social ou cultural. Depende apenas de um coração puro e de fé em Deus. Quando hoje alguns dizem que o Pentecostes só acontece no meio de gente pobre e analfabeta, isso é tão somente uma repetição dos tempos antigos. Por outro lado, louvamos a Deus porque Ele não faz acepção de pessoas (Rm 2.11; 3.22; Ef 6.9; Cl 3.25).
  1. “O batismo com o Espírito Santo vem de fonte impura”: Não convém dar exemplos das muitas expressões negativas usadas para depreciar a obra do Espírito Santo como é ensinada e experimentada entre os crentes pentecostais. Algumas destas expressões são verdadeiras blasfêmias, expressando de várias formas que o batismo que os crentes pentecostais experimentam vem de fonte impura. Queremos somente dizer que nós estamos em boa companhia, porque também Jesus foi considerado pelos religiosos de seu tempo como tendo demônio (Jo 10.21; Mc 3.22; Mt 9.34). Paulo foi considerado louco (At 26.24) e blasfemaram contra ele (At 13.45). Sem intenção de acusar quem quer dizer que é melhor calar do que expressar-se precitadamente contra a obra do Espírito Santo usando palavras muitas vezes muito pesadas, para que não aconteça que alguém venha a blasfemar contra o Espírito santo (Mt 12.31,32). Mas graças a Deus, do alto descem dons perfeitos (Tg 1.17), e do alto recebemos o glorioso batismo com o Espírito Santo. Os oponentes de hoje deviam tomar o conselho de Gamaliel, em AT 5.34,35, 38,39.
  2. Ficamos ao lado de Pedro na defesa desta grande bênção (At 2.14-36; 3.12-26): Em lugar de duvidar do batismo com o Espírito Santo ou ficar em estéreis discussões acerca dele, melhor é dar crédito à Palavra de Deus e começar a buscar esta bênção. Quem busca acha (Mt 7.7,8). Ore com fé e você receberá (Lc 11.13). Você será batizado com o Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Tendo a sua própria experiência você dará o seu testemunho de que Jesus verdadeiramente batiza com o Espírito santo. Saberá então que os argumentos errôneos acerca do batismo com o Espírito santo vêm dos que não tiveram esta experiência. Seu testemunho poderá servir de incentivo a outros, que assim começarão a buscar, recebendo eles mesmos também esta gloriosa bênção, a qual é a grande necessidade de todos os que crêem em Jesus.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2004
Comentarista: Eurico Bergstén
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: A Pessoa e a Obra do Espírito Santo
Páginas: 22 - 26

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