terça-feira, 10 de janeiro de 2012

IGREJA DA UNIFICACAO


Texto Bíblico: Marcos 13.22
Verdade Prática: A Igreja da Unificação é uma seita de caráter oriental, antibíblica, mas que afirma possuir a verdade completa de Deus
Leitura Bíblica: Mateus 24.3-8.

Lição 10

INTRODUÇÃO

A Igreja da Unificação tem sido objeto de muitas controvérsias, não só por causa de suas doutrinas exóticas, mas também devido aos seus métodos de aliciamento e discipulação.
A origem dessa falsa igreja e de suas doutrinas são o assunto desta lição.

I.                   FUNDADOR

  1. Reverendo Moon: Seu nome completo é Yong Myung Moon, que significa “Dragão brilhante”. Em 1946, mudou seu nome para Sun Myung Moon, que significa “Sol e lua brilhantes”. Ele nasceu em 1920 na Coréia do Norte. Seus pais converteram-se ao Cristianismo através da Igreja Presbiteriana, quando Moon tinha dez anos de idade.
  2. Origem da Igreja da Unificação: Moon afirma que teve uma visão aos 16 anos de idade. Ele relatou que Jesus teria lhe revelado que a obra da redenção ainda não estava completa, e que Moon seria o único capaz de completar a obra que o Filho de Deus havia começado. Em 1945, disse ter recebido outra revelação. Nesse mesmo ano, começou a reinterpretar a Bíblia.
Ele foi preso na Coréia do Norte por causa de suas idéias capitalistas, pois contrariavam o sistema comunista de seu país. Chegou a Coréia do Sul em 1 de maio de 1954, quando fundou a Igreja da Unificação, conheceida também como a Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial.
  1. No Ocidente: Depois da expansão de sua Igreja no Oriente, ele vem ao Rio de Janeiro em 1965, quando deixou aqui um missionário. Em 1972, foi aos Estados Unidos. Aí foi acusado de sonegar impostos, sendo condenado a um ano e seis meses de reclusão.
  2. Modo de agir: A seita se interessa especialmente por jovens da classe média. Como as demais, utiliza o “terror psicológico” para manter seus adeptos.

II.                O JESUS DA BÍBLIA NÃO É O MESMO DE MOON

  1. O Jesus de Moon: Moon afirma que Jesus é Filho do sacerdote Zacarias, negando, assim, a concepção virginal de Cristo. Ele diz que Jesus foi enviado para completar a obra que Adão não conseguiu terminar: Constituir uma grande família na terra, centrada em Deus. Assim, afirma Moon, o segundo Adão, Cristo, deveria se casar e erguer uma grande família.
Ele ensina que isso não aconteceu por causa da morte de Jesus no Calvário. Alega ainda que a morte do Filho de Deus decorreu por causa da traição de João Batista e, por isso, o sacrifício de Jesus só pôde garantir uma parte da redenção.
  1. Refutação bíblica: A Bíblia afirma que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo no ventre da Virgem Maria (Mt 1.18,20,25; Lc 1.24,35). A Bíblia mostra ainda claramente que Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (Lc 19.10; 1 Tm 1.15) e não para suscitar família. E que sua morte foi para remissão dos pecados (Rm 3.21-26; 1 Co 15.1-4; Hb 5.9; 7.25).
  2. Deidade absoluta de Jesus: O moonismo nega a deidade absoluta de Jesus, como as demais seitas. A Bíblia, porém, afirma categoricamente que Jesus é o Deus verdadeiro (Is 9.6; Jr 23.5,6; Jo 1.1; 10.30; Rm 9.5; Cl 2.9; 1 Jo 5.20; Ap 1.8).
Sugerimos que alunos e professores façam uma revisão da lição 2, sobre a Trindade e a divindade de Jesus.
  1. Ressurreição corporal de Jesus: A Igreja da Unificação nega a ressurreição corporal física de Jesus. Moon ensina que Jesus ressuscitou apenas como espírito.
A ressurreição corporal de Jesus, porém é um fato insofismável. É a viga mestra e o pilar do Cristianismo. É um dos elementos básicos que distingue o Cristianismo das outras religiões. O apóstolo Paulo assevera que negar essa verdade é continuar no mesmo estado de pecado e miséria, e que sem ela o Cristianismo não teria sentido (1 Co 15.17,18).
Jesus se apresentou aos seus discípulos como Ele mesmo e não outro (Lc 24.39,40). Jesus provou aos discípulos ser Ele mesmo, em carne e osso, e que um espírito não teria essas características materiais.

III.             DEMAIS DOUTRINAS DO REVERENDO MOON

  1. Princípio Divino: Trata-se de um livro básico do moonismo. É a fonte de autoridade e das crenças dos adeptos de Moon. Eles consideram sua autoridade acima da Bíblia. Isto, por si só, prova que suas crenças não são baseadas na Bíblia, mas nas “revelações” de Moon. É uma grosseira imitação da Bíblia.
  2. A divindade: O conceito que eles possuem de Deus nada tem a ver com a Bíblia. Consideram a humanidade uma grande família. Como a família constitui-se de pai, mãe e filhos, Moon ensina que o Pai pé Deus e a mãe é o Espírito Santo. Essa idéia é também da Nova Era. Esta afirmação que a Trindade consiste de Inteligência, Força e Amor, representada como Pai, Mãe e Filho.
Não existe na Bíblia nada a indicar que o Espírito Santo seja feminino. No Antigo Testamento hebraico, o substantivo ruach “Espírito” é masculino. Os substantivos gregos apresentam três gêneros: masculino, feminino e neutro. A palavra grega pneuma, usada amplamente no Novo Testamento para o “Espírito” de Deus, é saubstantivoi neutro.
  1. A queda de Adão: A Igreja da Unificação ensina que a queda do homem ocorreu em duas etapas: espiritual e física.
a)      As duas etapas: A primeira foi espiritual. Eva cometeu adultério com satanás, e dessa relação íntima nasceu Caim. A segunda foi física. Depois desse suposto adultério, Eva teve união física com Adão, resultando no nascimento de Abel. Essa é a queda física. Assim, Moon associa o pecado ao ato sexual. Com isso, ele procura justificar os casamentos em massa, arranjados e “abençoados” por ele, seguindo-se logo após um período de abstinência sexual entre os cônjuges.
b)      Refutação bíblica: A Bíblia refuta com clareza meridiana o fantasioso e maligno ensino de Moon: “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e teve a Caim (Gn 4.1). Logo em seguida, diz o texto sagrado: “E teve mais a seu irmão Abel” (Gn 4.2). Assim Caim e Abel são filhos de Adão e Eva. O pecado do primeiro casal nada tem a ver com o seu relacionamento sexual. O seu pecado foi a desobediência: eles comeram o fruto da árvore da ciência do bem e do mal (Gn 2.16,17; 3.2,11).

IV.              OS FALSOS CRISTOS

  1. A aparição de muitos cristos: Desde o judeu Bar Cochba (derrotado pelo imperador Adriano em 132) até Moon, muitos foram os falsos cristos que se levantaram ao longo da história do Cristianismo. O número deles é alarmante.
Minha professora de Literatura Hebraica Medieval da Universidade de S. Paulo, judia, disse acertadamente: “Se alguém na história merece o título de Messias, esse alguém é Jesus, pois, todos os que vieram depois dele são falsários e trapaceiros”. Somente Jesus tem as credenciais do Messias.
  1. Credenciais de Jesus: A vida e a obra de Jesus ocorreram em cumprimento das Escrituras (Lc 24.44). Na transfiguração de Cristo vieram  pessoalmente Moisés e Elias, representantes da lei e dos Profetas respectivamente, para ratificar a messianidade de Jesus (Mt 17.3; Lc 9.30). O próprio Deus, desde os céus, testemunhou a respeito de seu Filho (Mt 3.17,18; 17.5; Lc 9.35). Seus ensinos e sinais miraculosos, acrescidos da sua ressurreição e ascensão ao céu, são as provas irrefutáveis de sua messianidade (Lc 24.19; Jo 10.31-33; 14.10; At 10.38). Estas coisas são as credenciais de Jesus de Nazaré como o Messias de Israel. Quem poderá destruir evidências tão fortes?

CONCLUSÃO

Jesus disse que o aparecimento de falsos cristos e profetas indicaria o fim dos tempos. A seita do reverendo Moon insere-se neste contexto. Os avisos solenes de Jesus são cada vez mais atuais (Mt 24.3-8; Lc 21.8). A Igreja, portanto, deve precaver-se contra esses líderes de seitas.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Comentarista: Antonio Gilberto
Tema Central: Seitas, Religiões e Heresias
Páginas: 70 a 75

Nenhum comentário:

Postar um comentário