Texto Áureo: Tiago 5.16
Verdade Prática: O crente dedicado à oração pode exercer influência
no céu, na Terra e até sobre os poderes malignos.
Leitura Bíblica: Daniel
9.1-3; 6.10; 2.17-19; Ed 1.1-5
Lição 01
INTRODUÇÃO
Os crentes
fiéis brilham como a luz (Mt 5.15) e resplandecem no meio de uma geração
corrompida e perversa (Fp 2.15). Assim era Daniel. Quando no ano 606 a.C. fora levado cativo
para a Babilônia (Dn 1.1-4,6) era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos.
Muitos anos depois, Daniel gozava de elevado conceito no reino de Babilônia.
“plenitude dos tempos” (Gl 4.4), conforme veremos nesta lição.
I.
DANIEL FOI
DESPERTADO PARA ORAR
Ao ler o
profeta Jeremias (Jr 29.10) ele observou que os 70 anos de cativeiro na
Babilônia estavam para findar. Todavia ainda não era possível notar qualquer
sinal de que alguma coisa estivesse acontecendo na direção de uma mudança
radical (Dn 9.2).
Assim Daniel
começou a orar com jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de profunda
tristeza (Dn 9.1-3) e orou com perseverança.
- Daniel vivia uma vida consagrada a Deus: Isso dava-lhe condições de orar. A Bíblia diz: “A oração do reto é o seu contentamento” (Pv 15.8) e “Ele escuta a oração do justo” (Pv 15.29). Daniel não se misturou com o paganismo, e vivia conforme a sua consciência, no temor do Senhor. Daniel é considerado como um exemplo um modelo para os crentes de todos os tempos (Dn 1.8).
- A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração: Muitos crentes não conseguem servir de ajuda decisiva com as suas orações, porque nunca chegaram a experimentar o que significa combater em oração, o que significa perseverar firmemente em oração (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl 2.1). Somente “visitam” de vez em quando um culto de oração. Daniel, porém, tinha por hábito orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Quando sua própria vida, bem como a de seus amigo e a de todos os sábios da babilônia, estavam em perigo, Daniel alcançou livramento e vitória através da oração (Dn 2.18-20). Daniel era, portanto, experiente na vida de oração.
- Coincidindo com o período de oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na Babilônia: O reino da Babilônia estava em guerra com os medos e persas. O rei da Babilônia era na época de Nabonido. Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade da Babilônia, cuidando dos assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou uma festa para os seus grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os vasos sagrados que o rei Nabucodonosor havia trazido do templo de Deus em Jerusalém, e havia colocado no templo pagão da Babilônia. Ele e todos os seus convidados beberam vinho nestes vasos santos (Dn 5.2-4).
Houve então
uma intervenção divina. O rei viu que dedos de mão de homem escreviam na
parede, defronte do castiçal (Dn 5.5). Acabou-se a alegria da festa. Os joelhos
do rei tremiam. Sábios e astrólogos não puderam interpretar a mensagem escrita
na parede. Finalmente Daniel oi introduzido na festa (Dn 5.13) e interpretou o
texto escrito na parede. Entre outras coisas estava escrito: “Dividido foi o
teu reino, e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5.28).
“Naquela mesma
noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus” (Dn 5.30).
II.
A RESPOSTA
ÀS ORAÇÕES DE DANIEL
Daniel havia
orado, lembrando a promessa de Deus registrada pelo profeta Jeremias: “Vos
visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a
este lugar” (Jr 29.10).
Com a queda do
reino babilônico, e com o início do governo do rei Ciro, as coisas evoluíram
com muita rapidez, deixando todos surpreendidos e admirados.
- A Bíblia relata o que realmente aconteceu: “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias) despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor dos céus me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu deus com ele, e suba a Jerusalém que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Ed 1.1-3).
- Conforme esta declaração de Ciro, estava cumprida a promessa divina dada através do profeta Jeremias: Mas tudo foi como diz a Bíblia: “Tudo muito mais abundantemente além do que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20). Vejamos, pois, o que estava para acontecer:
A)
Todos os Judeus seriam liberados para voltarem a Judá,
caso quisessem (Ed 1.3).
B)
Receberam permissão para reedificar o templo.
C)
Todas as despesas da construção do templo poderiam ser
tiradas dos tributos de além do rio.
D)
Os vasos sagrados deveriam ser entregues aos cuidados
de Zorobabel, nomeado governador dos judeus pelo rei Ciro, para serem
transportados de volta para Jerusalém (Ed 1.7).
III.
O RESULTADO
DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS
- O rei Ciro foi despertado em seu espírito: “Despertou o Senhor o espírito do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de seu contato com Daniel é que Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez até mesmo o adorasse. Ciro teve uma experiência pessoal com Deus no seu coração, e passou a compreender as realidades de Deus que ele antes ignorava.
a)
Ciro passou a
ver a Deus como o SENHOR DOS CÉUS (Ed 1.2): O grande rei Nabucodonosor
demorou a aprender esta lição (Dn 4.30-37). Cada despertamento verdadeiro faz
com que o homem veja a majestade de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o
seu pecado e a sua baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas
quando se encontrou com Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas
pôde perguntar: “Quem és Senhor?” (At 9.5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer
que Jesus é o Senhor se não for pelo Espírito Santo (1 Co 12.3).
b)
Ciro teve uma
experiência com Deus que é Santo: Os vasos sagrados haviam sido
roubados do templo de Jerusalém, por Nabucodonosor, e guardado no templo pagão
da Babilônia (2 Cr 36.18). Ciro era agora o responsável por eles, e mesmo sendo
esses vasos muito valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los (Ed 1.7-11).
Assim acontece
sempre em cada despertamento verdadeiro. Quando Zaqueu teve seu encontro com
Jesus, quis devolver o que havia ganho com usura (Lc 19.8).
- O rei Ciro recebeu bênçãos espirituais: O profeta Isaías, 200 anos antes, profetizou acerca de Ciro chamando-o de ungido do Senhor (Is 45.1). Isto nos permite entender que o Espírito Santo deve ter-lhe proporcionado alguma bênção espiritual. cada despertamento traz bênçãos para o coração do crente.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/ 1993
Comentarista: Eurico Bergstén
Tema Central: Avivamento – Uma necessidade nos dias atuais.
Páginas: 03 - 05
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