segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A BÍBLIA, O GUIA INFALPIVEL DA NOSSA VIDA


Texto Áureo: Salmo 119.105
Verdade Prática: A vida cristã só tem sentido mediante a observância da Palavra de Deus.
Leitura Bíblica: Deuteronômio 6.1-9; 2 Pedro 1.19

Lição 05


INTRODUÇÃO


A maturidade espiritual de um crente está no grau de expressão de sua fé, da sua esperança e do amor que está em seu coração. Na Igreja Primitiva o cânon do Novo Testamento ainda não estava formado. Entretanto, a orientação básica da Igreja emergente eram os escritos do Antigo Testamento e os ensinos verbais de Jesus transmitidos pelos apóstolos. Desde o princípio, houve o cuidado de fazer da Palavra de Deus o guia da vida da Igreja e dos crentes em particular. Lucas escreveu que os crentes primitivos “perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). A Palavra de Deus, portanto, foi a base da fé cristã ensinada e vivida por aqueles crentes.

I.                   O GUIA DA NOSSA VIDA INDIVIDUAL

A Bíblia se constitui no manual individual de vida dos que temem a Deus. Ela é indispensável à vida do crente, e deve ser lida, meditada e examinada (Js 1.8; Jó 5.27; Sl 119.15,48,79,99,148; 1 Tm 4.15). O Salmista diz que a Palavra de Deus é “lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105). Em todas as situações da nossa vida a Bíblia orienta com eficácia as nossas decisões e motivações.
  1. Nossa vida física (Gn 1.26,27): A Bíblia é o guia, o manual de orientação do homem para sua vida. Por isto, Deus o constituiu mordomo da vida. O homem é importante por causa do elemento espiritual que o compõe, representado pela alma e espírito. Deus nos fez mordomos, isto é, administradores de nossa vida física, e por isso, devemos administrá-la com responsabilidade e amor, sabendo que teremos de dar contas a Deus de nossa mordomia (1 Co 6.12-20). O Criador estabeleceu leis naturais para a saúde da vida física, as quais devem ser obedecidas para que haja funcionamento normal de todos os membros do corpo (1 Jo 3.4).
  2. Nossa vida intelectual: O intelecto é um dos elementos principais da manifestação da alma humana. É uma faculdade que habilita o individuo a pensar, racionar, decidir, julgar e conhecer (Gn 1.28; 2,19,20). É a psique do ser humano. O intelecto se manifesta com três ingredientes que são: a imaginação, a memória e a razão. Com a imaginação o homem é capacitado a idealizar e projetar. A memória capacita o homem a guardar em seu cérebro os fatos passados e presentes, e com isto, ele pode reter os conhecimentos adquiridos. A razão faculta o homem a pensar, julgar e compreender as relações entre coisas, distinguir entre o verdadeiro e o falso, entre o bem e o mal. Nossa vida intelectual precisa ser pulverizada diariamente com a Palavra de Deus, para livrá-la da futilidade e da vaidade. O apóstolo Paulo alertou a igreja de Éfeso acerca daqueles que “andam na vaidade de seu sentido” (Ef 4.17). Os tais andam por sua própria mente; seguem seus fúteis e carnais pensamentos, resultando em vaidade e derrota. A mente, para os intelectuais modernos, é a rainha do corpo humano. Porém, sob o controle do pecado ela conduz o corpo à escravidão e à desonra. A Bíblia apresenta o Espírito Santo para controlar a mente do crente (Gl 5.16), elevá-la a aceitar o padrão bíblico para manutenção e proteção da vida intelectual (Fp 4.8,9).
  3. Nossa vida sentimental: Toda a Bíblia está repleta de experiências na esfera sentimental, como revela o modo pelo qual os sentimentos se manifestam como revela o modo pelo qual os sentimentos são manifestam como atributos da alma. É uma qualidade moral “da imagem e semelhança de Deus”, dotada pelo Criador (Gn 1.28). O coração é a figura que melhor ilustra a parte emotiva do ser humano. As grandes emoções são sentidas pelo homem através da alegria, tristeza, amor e ódio. Essas emoções afetam, de um modo especial, o coração. Daí o fato de atribuir ao coração nossos sentimentos. Nossas emoções devem ser cultivadas, de modo a ter o controle do Espírito Santo, que manifesta nessa esfera “o fruto do Espírito” (Gl 5.22,23). Devemos cuidar da área dos nosso sentimentos tendo a Bíblia como o guia infalível de libertação e retenção dos mesmos. Perder a sensibilidade espiritual, e ficar exposto à sentimentos pervertidos (Ef 4.19). A Bíblia orienta o modo de manifestar nossos sentimentos em relação a nós mesmos, aos nossos familiares e às demais pessoas.

II.                O GUIA DA NOSSA VIDA SOCIAL

A relação da Bíblia com a vida cotidiana é fato marcante. Ela se constitui no manual para orientação em todas as áreas da vida.
  1. No lar: Foi Deus quem criou e  estabeleceu o primeiro lar, a primeira família (Gn 2.21-23). A formação de um lar inicia-se com o casamento e este implica numa relação social entre duas pessoas de sexo oposto. Deste ato resulta o lar, que é a mais antiga instituição conhecida da raça humana. Portanto, o casamento não é meramente o contrato civil entre duas pessoas, mas uma criação de Deus, para o mais elevado propósito estabelecido – a perpetuação e multiplicação da espécie humana (Gn 1.28). O homem e a mulher são distintos fisicamente para propiciar o relacionamento social entre si e com Deus, em termos de responsabilidade, vontade e sentimento. Deus estabeleceu o casamento e o lar para que seu nome seja conhecido em toda a terra. O padrão divino está na Bíblia. Nela, o casamento é apresentado em termos de autoridade e responsabilidade para a família cristã.
  2. No mundo secular: A nossa vida social em relação ao mundo secular diz respeito ao relacionamento que o cristão deve ter com os não crentes, aqueles que estão subjugados ao “sistema desse mundo”. A palavra “mundo” no grego é Kosmos, que significa: ordem de coisas; sistema de governo. Na linguagem bíblica, o sentido da palavra mundo refere-se ao “sistema de vida regida por Satanás que tem sob domínio todas as pessoas que não servem a Deus, por Jesus Cristo. O crente está neste mundo físico, mas não pertence ao “mundo espiritual” regido pelo Diabo (Jo 17.16; 1 Jo 5.19). No mundo secular, como crentes, temos relações sociais, que envolvem nossos vizinhos, colegas de trabalho, escola, etc. Não devemos nos isolar do mundo, pelo contrário, sem nos corromper, devemos conviver com as pessoas e, discretamente, fazer com que o padrão de vida cristã sobressaia como testemunho do poder do Evangelho.
  3. Nas relações de trabalho: Deus determinou o trabalho para o ser humano (Gn 2.8-15). A manutenção pessoal e da família seria o resultado positivo do trabalho, do suor do rosto. É o trabalho que dignifica o homem.
O dinheiro foi feito para o homem, e não o homem para o dinheiro. A Bíblia orienta o cristão na administração inteligente do dinheiro, sem o risco de ficar dominado por ele. A Bíblia diz: “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviam da fé” (1 Tm 6.10). Pelo trabalho é que se alcança prosperidade material e esta deve vir acompanhada de uma profunda vida espiritual. O ganho honesto do dinheiro e a fidelidade a Deus trarão bênçãos materiais e espirituais.

III.             O GUIA PARA A NOSSA VIDA ESPIRITUAL

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor” (1 Co 13.13). Essas três virtudes são indicadas como base par uma vida espiritual amadurecida. A vida cristã sem esses elementos tende a tornar-se insípida e carnal. A fé descreve a confiança na Pessoa de Jesus Cristo, a razão de nossa fé (Hb 12.2). A esperança baseia-se na certeza de nosso relacionamento presente e futuro com o Senhor Jesus. O amor é mais profundo, pois tem a ver com o nosso relacionamento pessoal, não só com Deus, mas com nossos semelhantes. O amor é a manifestação do nosso comportamento como crentes em Cristo. A Bíblia é clara quando mostra que é o amor a coisa mais importante para a vida espiritual do cristão, É o sinal de maturidade que se manifesta entre todos.
  1. O amor: “Segui o amor” (1 Co 14.1). Um imperativo bíblico que indica uma filosofia de vida, um modo de viver. O cristianismo individual não tem sentido sem amor, pois Cristo morreu e ressuscitou por amor, para nos dar a salvação.
Quando Paulo escreveu aos coríntios e deu a exortação: “Segui o amor” ele havia percebido que os crentes daquela igreja estavam seguindo o caminho da carnalidade e do egoísmo. Havia entre os irmãos um certo tipo de competição pessoal, e usavam como escudo dessa atitude egoísta o que haviam recebido da parte do Espírito Santo para diminuir os outros e se engrandecerem. Faltava-lhes amor. Por isso, Paulo instou a que “seguissem o caminho do amor” que não aceita partidarismo, facção ou desigualdade.
  1. A fé (Hb 11.1): Na listagem de Paulo, a fé é a primeira virtude, e ele se destaca na Bíblia como manifestação daquilo que cremos. O autor aos Hebreus afirmou que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). A fé bíblica é vista em três perspectivas: fé salvadora, fé como crença e fé como dom. A vida cristã sem fé é como um automóvel sem combustível. O crente pode conhecer toda a doutrina bíblica, discutir sobre ela, mas se não tiver fé é impossível senti-la. A fé salvadora vem antes dos outros tipos de fé. A Bíblia conduz o homem a salvação em Jesus, depois o crente absorve “a fé cristã, sua doutrina, e finalmente, pode buscar o dom de fé” para fazer a obra de Deus.
  2. A esperança: O mundo que vivemos é de incerteza, porém, a Bíblia apresenta a esperança que o mundo não dá e não tem. A esperança é o reflexo da fé, e a fé é que apresenta a razão da nossa esperança. A esperança aponta para o futuro do crente, que é o arrebatamento da Igreja e a ressurreição dos mortos em Cristo (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-18), a esperança reflete a salvação garantida por Jesus no Calvário. Depois que uma pessoa exerce fé em Jesus, recebe vida eterna (Jo 3.36; Tt 3.4-7). A esperança produz estabilidade doutrinária, isto é, produz firmeza na fé (1 Ts 1.3,6,7).



Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1991
Comentarista: Elienai Cabral
Tema Central: Conhecendo a Palavra de Deus.
Páginas: 16 - 19







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