domingo, 5 de janeiro de 2014

JESUS O MODELO IDEAL DE HUMILDADE

 Texto Áureo: Filipenses 2.5
Verdade Prática: Jesus Cristo é o nosso modelo ideal de submissão, humildade e serviço.
Leitura Bíblica: Filipenses 2.5-11

Lição 04

INTRODUÇÃO

Nesta lição, enfocaremos as atitudes de Cristo que revelam a sua natureza humana, obediência e humilhação, bem como a sua divindade. Humanidade e divindade, aliás, são as duas naturezas inseparáveis de Jesus. Esta doutrina é apresentada por Paulo no segundo capítulo da Epístola aos Filipenses.
Veremos ainda que Jesus nunca deixou de ser Deus, e que encarnando-se, salvou-nos de nossos pecados. A presente lição revela também a sua exaltação.

I.                   O FILHO DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO (2.5,6)

1.      Ele deu o maior exemplo de humildade: Na Epístola aos Filipenses, lemos: “De sorte que haja em nós o mesmo sentimento que houve também, em Cristo Jesus” (v 5). Este texto reflete a humildade de Cristo revelada antes da encarnação. Certa feita, quando ensinava aos seus discípulos, o Mestre disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29).
Jesus Cristo é o modelo perfeito de humildade. O apóstolo Paulo insta a que os filipenses tenham a mesma disposição demonstrada por Jesus.
2.      Ele era igual a Deus: “Que sendo em forma de Deus” (v 6). A Palavra forma sugere o objeto de uma configuração, uma semelhança. Em relação a Deus, o termo refere-se à forma essência da divindade. Cristo é Deus, igual com o pai, pois ambos tem a mesma natureza, glória e essência (Jo 17.5). A forma verbal da palavra sendo aparece em outras versões bíblicas como subsistindo ou existindo.
Cristo é, por natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano “subsistia em forma de Deus”. Os líderes de Jerusalém procuravam matar Jesus porque Ele dizia ser “igual a Deus”. A Filipe, o Senhor afirmou ser igual ao Pai (Jo 14.9-11). A divindade de Cristo é fartamente corroborada ao longo da Bíblia (Jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; Hb 1.8; Ap 21.7). Portanto, Cristo, ao fazer-se homem, esvaziou-se não de sua divindade, mas de sua glória.
3.      Mas “não teve por usurpação ser igual a Deus” (v 6): Isto significa que o Senhor não se apegou aos seus “direitos divinos”. Ele não agiu egoisticamente, mas esvaziou-se da sua glória, para assumir a natureza humana e entregar-se em expiação por toda a humanidade. O que podemos destacar nesta atitude de Jesus é o seu amor pelo mundo. Por amor a nós, Cristo ocultou a sua glória sob a natureza terrena. Voluntariamente, humilhou-se e assumiu a nossa fragilidade, com exceção do pecado.

II.                O FILHO DO HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO (2.7,8)

1.      “Aniquilou-se a si mesmo” (2.7): Foi na sua encarnação que o Senhor Jesus deu a maior prova da sua humildade: Ele “aniquilou-se a si mesmo”. O termo grego usado pelo apóstolo é o verbo kenoô, que significa também esvaziar, ficar vazio. Portanto, o verbo esvaziar comunica melhor do que aniquilar a idéia da encarnação de Jesus; destaca que Ele esvaziou-se a si mesmo, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana. Todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua divindade.
Jesus não trocou a natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em parte às prerrogativas inerentes à divindade, para assumir a nossa humanidade. Tornando-se verdadeiro homem, fez-se maldição por nos (Gl 3.13). E levou sobre o seu corpo todos os nossos pecado (1 Pe 2.24). Em Gl 4.4, Paulo escreveu que, na plenitude dos tempos, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”. Isto indica que Jesus é consubstancial com toda a humanidade nascida em Adão. A diferença entre Jesus e os demais seres humanos esta no fato de Ele ter sido gerado virginalmente pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado ou iniqüidade (Lc 1.35). Por isso, o amado Mestre é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus”.
2.      Ele “humilhou-se a si mesmo” (2.8): Jesus encarnado rebaixou-se mais ainda ao permitir ser escarnecido e maltrado pelos incrédulos (Is 53.7; Mt 26.62-64; Mc 14.60,61). A auto-humilhação do Mestre foi espontânea. Ele submeteu-se às maiores afrontas, porém jamais perdeu o foco da sua missão: cumpriu toda a justiça de Deus para salvar a humanidade.
3.      Ele foi “obediente até a morte e morte de cruz” (2.8): O Mestre amado foi obediente à vontade do pai até mesmo em sua agonia: “Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42). No Getsêmani, antes de encartar o Calvário, Jesus enfrentou profunda angústia e submeteu-se totalmente a Deus, acatando-lhe a vontade soberana. Quando enfrentou o Calvário, o Mestre desceu ao ponto mais baixo da sua humilhação. Ele se fez maldição por nós (Dt 21.22,23; Gl 3.13), passando pela morte e morte de cruz.

III.             A EXALTAÇÃO DE CRISTO (2.9-11)

1.      “Deus o exaltou soberanamente” (2.9): Após a sua vitória final sobre o pecado e a morte, Jesus é finalmente exaltado pelo Pai. O caminho  da exaltação passou pela humilhação, mas Ele foi coroado de glória, tornando-se herdeiro de todas as coisas (Hb 1.3; 2.9; 12.2).
Usado pelo autor sagrado para designar especialmente Jesus, o termo grego Kyrios revela a glorificação de Cristo. O nome “Jesus” é equivalente a “Senhor”, e, por decreto divino, Ele foi elevado acima de todo nome. As Escrituras atestam que ante o seu nome “se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor [o Kyrios]” (v 10).
2.      Dobre-se todo joelho: Diante de Jesus, todo Joelho se dobrará (v 10). Ajoelhar-se implica reconhecer a autoridade de alguém. Logo, quando nos ajoelhamos diante de Jesus, deixamos bem claro que Ele é a autoridade suprema na só da igreja, mas de todo o Universo. Quando oramos em seu nome e cantamos-lhe louvores, reconhecemos-lhe a soberania. Pois todas as coisas, animadas e inanimadas, estão sob a sua autoridade e não podem esquivar-se do seu senhorio.
3.      “Toda língua confessa (v 11): Além de ressaltar o reconhecimento do senhorio de Jesus, a expressão implica também a pregação dôo Evangelho em todo o mundo. Cada crente deve proclamar o nome de Jesus. O valor do Cristianismo está naquilo que se crê. A confissão de que Jesus Cristo é o Senhor é o ponto de convergência de toda a igreja (Rm 10.9; At 10.36; 1 Co 8.6). Nosso credo implica o reconhecimento público de Jesus Cristo como o Senhor da Igreja. A exaltação de Cristo deve ser proclamada universalmente.

CONCLUSÃO

O tema estudado hoje é altamente teológico. Vimos a humilhação e a encarnação de Jesus. Estudamos a dinâmica da sua humanização e a sua conseqüente exaltação. Aprendemos também que o Senhor Jesus é o Deus forte encarnado – verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E que Ele recebeu do pai toda autoridade nos céus e na terra. Ele é o Kyrios. O Senhor Todo-poderoso. O nome sob o qual, um dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Proclamemos essa verdade universalmente.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre:3º/2013
Comentarista: Elienai Cabral
Tema Central:FILIPENSES – A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja

Páginas: 22 - 29

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