Texto Áureo: Filipenses 2.5
Verdade Prática: Jesus Cristo é o nosso modelo ideal de submissão,
humildade e serviço.
Leitura Bíblica: Filipenses 2.5-11
Lição 04
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
enfocaremos as atitudes de Cristo que revelam a sua natureza humana, obediência
e humilhação, bem como a sua divindade. Humanidade e divindade, aliás, são as
duas naturezas inseparáveis de Jesus. Esta doutrina é apresentada por Paulo no
segundo capítulo da Epístola aos Filipenses.
Veremos ainda
que Jesus nunca deixou de ser Deus, e que encarnando-se, salvou-nos de nossos
pecados. A presente lição revela também a sua exaltação.
I.
O FILHO
DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO (2.5,6)
1. Ele deu o maior exemplo de humildade:
Na Epístola aos Filipenses, lemos: “De sorte que haja em nós o mesmo sentimento
que houve também, em Cristo Jesus” (v 5). Este texto reflete a humildade de
Cristo revelada antes da encarnação. Certa feita, quando ensinava aos seus
discípulos, o Mestre disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração” (Mt 11.29).
Jesus Cristo é
o modelo perfeito de humildade. O apóstolo Paulo insta a que os filipenses
tenham a mesma disposição demonstrada por Jesus.
2. Ele era igual a Deus: “Que sendo
em forma de Deus” (v 6). A Palavra forma sugere o objeto de uma configuração,
uma semelhança. Em relação a Deus, o termo refere-se à forma essência da
divindade. Cristo é Deus, igual com o pai, pois ambos tem a mesma natureza,
glória e essência (Jo 17.5). A forma verbal da palavra sendo aparece em outras
versões bíblicas como subsistindo ou existindo.
Cristo é, por
natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano “subsistia em forma de Deus”. Os
líderes de Jerusalém procuravam matar Jesus porque Ele dizia ser “igual a
Deus”. A Filipe, o Senhor afirmou ser igual ao Pai (Jo 14.9-11). A divindade de
Cristo é fartamente corroborada ao longo da Bíblia (Jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; Hb
1.8; Ap 21.7). Portanto, Cristo, ao fazer-se homem, esvaziou-se não de sua
divindade, mas de sua glória.
3. Mas “não teve por usurpação ser igual a
Deus” (v 6): Isto significa que o Senhor não se apegou aos seus
“direitos divinos”. Ele não agiu egoisticamente, mas esvaziou-se da sua glória,
para assumir a natureza humana e entregar-se em expiação por toda a humanidade.
O que podemos destacar nesta atitude de Jesus é o seu amor pelo mundo. Por amor
a nós, Cristo ocultou a sua glória sob a natureza terrena. Voluntariamente,
humilhou-se e assumiu a nossa fragilidade, com exceção do pecado.
II.
O FILHO DO
HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO (2.7,8)
1. “Aniquilou-se a si mesmo” (2.7):
Foi na sua encarnação que o Senhor Jesus deu a maior prova da sua humildade:
Ele “aniquilou-se a si mesmo”. O termo grego usado pelo apóstolo é o verbo
kenoô, que significa também esvaziar, ficar vazio. Portanto, o verbo esvaziar
comunica melhor do que aniquilar a idéia da encarnação de Jesus; destaca que
Ele esvaziou-se a si mesmo, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana.
Todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua divindade.
Jesus não
trocou a natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em
parte às prerrogativas inerentes à divindade, para assumir a nossa humanidade.
Tornando-se verdadeiro homem, fez-se maldição por nos (Gl 3.13). E levou sobre
o seu corpo todos os nossos pecado (1 Pe 2.24). Em Gl 4.4, Paulo escreveu que,
na plenitude dos tempos, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”. Isto
indica que Jesus é consubstancial com toda a humanidade nascida em Adão. A
diferença entre Jesus e os demais seres humanos esta no fato de Ele ter sido
gerado virginalmente pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado
ou iniqüidade (Lc 1.35). Por isso, o amado Mestre é “verdadeiramente homem e
verdadeiramente Deus”.
2. Ele “humilhou-se a si mesmo” (2.8):
Jesus encarnado rebaixou-se mais ainda ao permitir ser escarnecido e maltrado
pelos incrédulos (Is 53.7; Mt 26.62-64; Mc 14.60,61). A auto-humilhação do
Mestre foi espontânea. Ele submeteu-se às maiores afrontas, porém jamais perdeu
o foco da sua missão: cumpriu toda a justiça de Deus para salvar a humanidade.
3. Ele foi “obediente até a morte e morte
de cruz” (2.8): O Mestre amado foi obediente à vontade do pai até mesmo
em sua agonia: “Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42). No
Getsêmani, antes de encartar o Calvário, Jesus enfrentou profunda angústia e
submeteu-se totalmente a Deus, acatando-lhe a vontade soberana. Quando
enfrentou o Calvário, o Mestre desceu ao ponto mais baixo da sua humilhação.
Ele se fez maldição por nós (Dt 21.22,23; Gl 3.13), passando pela morte e morte
de cruz.
III.
A EXALTAÇÃO
DE CRISTO (2.9-11)
1. “Deus o exaltou soberanamente” (2.9):
Após a sua vitória final sobre o pecado e a morte, Jesus é finalmente exaltado
pelo Pai. O caminho da exaltação passou
pela humilhação, mas Ele foi coroado de glória, tornando-se herdeiro de todas
as coisas (Hb 1.3; 2.9; 12.2).
Usado pelo
autor sagrado para designar especialmente Jesus, o termo grego Kyrios revela a
glorificação de Cristo. O nome “Jesus” é equivalente a “Senhor”, e, por decreto
divino, Ele foi elevado acima de todo nome. As Escrituras atestam que ante o
seu nome “se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor [o Kyrios]” (v 10).
2. Dobre-se todo joelho: Diante de
Jesus, todo Joelho se dobrará (v 10). Ajoelhar-se implica reconhecer a
autoridade de alguém. Logo, quando nos ajoelhamos diante de Jesus, deixamos bem
claro que Ele é a autoridade suprema na só da igreja, mas de todo o Universo.
Quando oramos em seu nome e cantamos-lhe louvores, reconhecemos-lhe a
soberania. Pois todas as coisas, animadas e inanimadas, estão sob a sua
autoridade e não podem esquivar-se do seu senhorio.
3. “Toda língua confessa (v 11):
Além de ressaltar o reconhecimento do senhorio de Jesus, a expressão implica
também a pregação dôo Evangelho em todo o mundo. Cada crente deve proclamar o
nome de Jesus. O valor do Cristianismo está naquilo que se crê. A confissão de
que Jesus Cristo é o Senhor é o ponto de convergência de toda a igreja (Rm 10.9;
At 10.36; 1 Co 8.6). Nosso credo implica o reconhecimento público de Jesus
Cristo como o Senhor da Igreja. A exaltação de Cristo deve ser proclamada
universalmente.
CONCLUSÃO
O tema estudado
hoje é altamente teológico. Vimos a humilhação e a encarnação de Jesus.
Estudamos a dinâmica da sua humanização e a sua conseqüente exaltação.
Aprendemos também que o Senhor Jesus é o Deus forte encarnado – verdadeiramente
homem e verdadeiramente Deus. E que Ele recebeu do pai toda autoridade nos céus
e na terra. Ele é o Kyrios. O Senhor Todo-poderoso. O nome sob o qual, um dia,
todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
Proclamemos essa verdade universalmente.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre:3º/2013
Comentarista: Elienai Cabral
Tema Central:FILIPENSES – A humildade de Cristo como exemplo para a
Igreja
Páginas: 22 - 29
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