sábado, 28 de dezembro de 2013

O DIVÓRCIO

Texto Áureo: Mateus 19.9
Verdade Prática: O divórcio, embora admissível em caso de infidelidade, sempre traz sérias conseqüências à família. Por isso Deus o odeia.
Leitura Bíblica: Mateus 19.3-12

Lição 07

INTRODUÇÃO

Por ser algo traumático, o divorcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas que, sob determinadas circunstâncias são favoráveis, há os que buscam base nas Sagradas Escrituras para admiti-lo em qualquer situação. Qual a posição da Bíblia? É o que estudaremos nesta lição.

I.                   O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO

1.      A Lei de Moisés e o divórcio: O capitulo 24 do livro de Deuteronômio trata a respeito do divórcio. Como a prática havia se tornado comum em Israel, o propósito da lei era regulamentar tal situação a fim de evitar os abusos e preservar a família. Nenhuma lei do Antigo Testamento incentivava alguém a divorciar-se, mas servia como base legal para a proibição de outros casamentos com a mulher divorciada. O divórcio era e é um ato extremo (Ml 2.16). Infelizmente, muitos que conhecem a Palavra do Senhor se divorciam por qualquer motivo.
O casamento é uma aliança de amor, inclusive com Deus, um pacto que não pode ser quebrado por motivos fúteis e torpes.
2.      A carta de divórcio: Uma vez que recebia a carta de divórcio, tanto o homem quanto a mulher estavam livres para se casarem novamente. Todavia, segundo a lei, a mulher que fora repudiada, depois de viver com outro marido, não poderia retornar para o primeiro, pois tal atitude era considerada abominação ao Senhor (Dt 24.4). Divorciar-se não era fácil, pois havia várias formalidades, e somente o homem podia pedir o divórcio. A mulher não tinha tal direito. A lei de Moisés, apesar de não incentivar o divórcio, dispunha de vários mecanismos para torná-lo mais humano (Dt 24).

II.                O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO

1.      A pergunta dos fariseus: Procurando incriminar Jesus, e imbuídos da idéia difundida pela escola do rabino Hilel (que defendia o direito de o homem dar carta de divórcio à mulher “por qualquer motivo”), os fariseus questionaram: “É licito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3b). Respondendo aos acusadores, Jesus relembrou o “principio” divino párea o casamento, quando Deus fez o ser humano, “macho e fêmea”, “ambos uma [só] carne” (Gn 2.24). Assim, o Mestre concluiu: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6b). Essa é a doutrina originária a respeito da união entre um homem e uma mulher; ela reflete o plano de Deus para o casamento, considerando-o uma união indissolúvel.
2.      O ensino de Jesus: Os fariseus insistiram: ‘Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?”(Mt 19.7b). Respondendo à insistente pergunta, Jesus explicou que Moisés permitiu dar carta de repúdio às mulheres, “por causa da dureza dos vossos corações”. Uma mulher abandonada pelo marido ficaria exposta à miséria ou à prostituição para sobreviver. Com a carta de divórcio ela poderia casar-se novamente. Deus não é radical no trato com os problemas decorrentes do pecado e com o ser humano. Ele se importava com as mulheres e sabia o quanto elas iriam sofrer com a dureza do coração do homem, e tornou o trato desse assunto mais digno para elas.
Segundo ensinou o Senhor Jesus, o divórcio é permitido somente no caso de infidelidade conjugal.
Ao invés de satisfazer o desejo dos fariseus, que admitiam o divórcio “pór qualquer motivo”, o Mestre disse: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9). Numa outra versão bíblica, lê-se: “exceto por causa da infidelidade conjugal” ou “relações sexuais ilícitas”. Essa foi a única condição que Jesus entendeu ser suficiente para o divórcio.
3.      Permissão para novo casamento: Pelo texto bíblico, esta claro que Jesus permite o divórcio com a possibilidade de haver novo casamento, somente por parte do cônjuge fiel, vítima de prostituição, ou infidelidade conjugal. Deus admite a separação do casal, não como regra, mas como exceção em virtude de práticas insuportáveis relacionadas à sexualidade, que desfazem o pacto conjugal. Do contrário, um servo ou uma serva de Deus seria lesado duas vezes: p0elo Diabo, que destrói casamentos e, outra, pela comunidade local, que condenaria uma vitima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo do celibato, que não faz parte do plano original de Deus (Gn 2.18). Todavia, em Jesus o crente tem forças para perdoar e fazer o possível para restaurar seu casamento.

III.             ENSINOS E PAULO A RESPEITO O DIVÓRCIO

1.      Aos casais crentes: Paulo diz: “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1 Co 7.10,11). Esta passagem refere-se aos “casais crentes”, os quais não devem divorciar-se, sem que haja algum dos motivos prescritos na Palavra de Deus (Mt 19.9; 1 Co 7.15). Se há desentendimentos o caminho não é o divórcio, mas a reconciliação acompanhada do perdão sincero ou o celibato por opção e não por imposição eclesiástica.
2.      Quando um dos cônjuges não é crente: Paulo ensina que, se o cônjuge não crente concorda em viver dignamente, com o crente, que este não o deixe (1 Co 7.12-14).. O crente agindo com sabedoria poderá inclusive ganhar o descrente para Jesus (1Pe 3.1).
3.      O cônjuge fiel não esta sujeito a servidão: O apóstolo, porém, ressalva: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz. Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ou marido, se salvarás tua mulher?” (1 Co 7.15,16). Ou seja, o cristão fiel, esposo ou esposa, não é obrigado a viver até a morte sob servidão de um ímpio. Nesse caso, ele ou ela, pode reconstruir a sua vida de acordo com a vontade de Deus (1 Co 7.27,28,39). Entretanto, aguarde o tempo de Deus na sua vida.

CONCLUSÃO

O divórcio causa sério inconveniente à igreja local, às famílias e à sociedade. No projeto original de Deus, não havia espaço para o divórcio. Precisamos tratar cada caso de modo pessoal sempre em conformidade com a Palavra de Deus. Não podemos fugir so que recomenda e prescreve a Bíblia Sagrada. E não podemos nos esquecer de que a Igreja é também uma “comunidade terapêutica”.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2013
Comentarista: Elinaldo Renovato
Tema Central: A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI – Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Páginas: 46 - 53


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