Texto Áureo: Mateus 19.9
Verdade Prática: O divórcio, embora admissível em caso de
infidelidade, sempre traz sérias conseqüências à família. Por isso Deus o
odeia.
Leitura Bíblica: Mateus 19.3-12
Lição 07
INTRODUÇÃO
Por ser algo
traumático, o divorcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem
pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas que, sob determinadas
circunstâncias são favoráveis, há os que buscam base nas Sagradas Escrituras
para admiti-lo em qualquer situação. Qual a posição da Bíblia? É o que
estudaremos nesta lição.
I.
O DIVÓRCIO
NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A Lei de Moisés e o divórcio: O
capitulo 24 do livro de Deuteronômio trata a respeito do divórcio. Como a prática
havia se tornado comum em Israel, o propósito da lei era regulamentar tal
situação a fim de evitar os abusos e preservar a família. Nenhuma lei do Antigo
Testamento incentivava alguém a divorciar-se, mas servia como base legal para a
proibição de outros casamentos com a mulher divorciada. O divórcio era e é um ato
extremo (Ml 2.16). Infelizmente, muitos que conhecem a Palavra do Senhor se
divorciam por qualquer motivo.
O casamento é
uma aliança de amor, inclusive com Deus, um pacto que não pode ser quebrado por
motivos fúteis e torpes.
2. A carta de divórcio: Uma vez que
recebia a carta de divórcio, tanto o homem quanto a mulher estavam livres para
se casarem novamente. Todavia, segundo a lei, a mulher que fora repudiada,
depois de viver com outro marido, não poderia retornar para o primeiro, pois
tal atitude era considerada abominação ao Senhor (Dt 24.4). Divorciar-se não
era fácil, pois havia várias formalidades, e somente o homem podia pedir o
divórcio. A mulher não tinha tal direito. A lei de Moisés, apesar de não
incentivar o divórcio, dispunha de vários mecanismos para torná-lo mais humano
(Dt 24).
II.
O ENSINO DE
JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO
1. A pergunta dos fariseus:
Procurando incriminar Jesus, e imbuídos da idéia difundida pela escola do
rabino Hilel (que defendia o direito de o homem dar carta de divórcio à mulher
“por qualquer motivo”), os fariseus questionaram: “É licito ao homem repudiar
sua mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3b). Respondendo aos acusadores, Jesus
relembrou o “principio” divino párea o casamento, quando Deus fez o ser humano,
“macho e fêmea”, “ambos uma [só] carne” (Gn 2.24). Assim, o Mestre concluiu:
“Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6b). Essa é a doutrina
originária a respeito da união entre um homem e uma mulher; ela reflete o plano
de Deus para o casamento, considerando-o uma união indissolúvel.
2. O ensino de Jesus: Os fariseus
insistiram: ‘Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e
repudiá-la?”(Mt 19.7b). Respondendo à insistente pergunta, Jesus explicou que
Moisés permitiu dar carta de repúdio às mulheres, “por causa da dureza dos
vossos corações”. Uma mulher abandonada pelo marido ficaria exposta à miséria
ou à prostituição para sobreviver. Com a carta de divórcio ela poderia casar-se
novamente. Deus não é radical no trato com os problemas decorrentes do pecado e
com o ser humano. Ele se importava com as mulheres e sabia o quanto elas iriam
sofrer com a dureza do coração do homem, e tornou o trato desse assunto mais
digno para elas.
Segundo ensinou
o Senhor Jesus, o divórcio é permitido somente no caso de infidelidade
conjugal.
Ao invés de
satisfazer o desejo dos fariseus, que admitiam o divórcio “pór qualquer
motivo”, o Mestre disse: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua
mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete
adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9).
Numa outra versão bíblica, lê-se: “exceto por causa da infidelidade conjugal”
ou “relações sexuais ilícitas”. Essa foi a única condição que Jesus entendeu
ser suficiente para o divórcio.
3. Permissão para novo casamento:
Pelo texto bíblico, esta claro que Jesus permite o divórcio com a possibilidade
de haver novo casamento, somente por parte do cônjuge fiel, vítima de
prostituição, ou infidelidade conjugal. Deus admite a separação do casal, não
como regra, mas como exceção em virtude de práticas insuportáveis relacionadas
à sexualidade, que desfazem o pacto conjugal. Do contrário, um servo ou uma
serva de Deus seria lesado duas vezes: p0elo Diabo, que destrói casamentos e,
outra, pela comunidade local, que condenaria uma vitima a passar o resto da
vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo do celibato, que não faz
parte do plano original de Deus (Gn 2.18). Todavia, em Jesus o crente tem
forças para perdoar e fazer o possível para restaurar seu casamento.
III.
ENSINOS E
PAULO A RESPEITO O DIVÓRCIO
1. Aos casais crentes: Paulo diz:
“Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte
do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com
o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1 Co 7.10,11). Esta passagem
refere-se aos “casais crentes”, os quais não devem divorciar-se, sem que haja
algum dos motivos prescritos na Palavra de Deus (Mt 19.9; 1 Co 7.15). Se há
desentendimentos o caminho não é o divórcio, mas a reconciliação acompanhada do
perdão sincero ou o celibato por opção e não por imposição eclesiástica.
2. Quando um dos cônjuges não é crente:
Paulo ensina que, se o cônjuge não crente concorda em viver dignamente, com o
crente, que este não o deixe (1 Co 7.12-14).. O crente agindo com sabedoria
poderá inclusive ganhar o descrente para Jesus (1Pe 3.1).
3. O cônjuge fiel não esta sujeito a
servidão: O apóstolo, porém, ressalva: “Mas, se o descrente se apartar,
aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas
Deus chamou-nos para a paz. Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu
marido? Ou, donde sabes, ou marido, se salvarás tua mulher?” (1 Co 7.15,16). Ou
seja, o cristão fiel, esposo ou esposa, não é obrigado a viver até a morte sob
servidão de um ímpio. Nesse caso, ele ou ela, pode reconstruir a sua vida de acordo
com a vontade de Deus (1 Co 7.27,28,39). Entretanto, aguarde o tempo de Deus na
sua vida.
CONCLUSÃO
O divórcio
causa sério inconveniente à igreja local, às famílias e à sociedade. No projeto
original de Deus, não havia espaço para o divórcio. Precisamos tratar cada caso
de modo pessoal sempre em conformidade com a Palavra de Deus. Não podemos fugir
so que recomenda e prescreve a Bíblia Sagrada. E não podemos nos esquecer de
que a Igreja é também uma “comunidade terapêutica”.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2013
Comentarista: Elinaldo Renovato
Tema Central: A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI – Protegendo seu lar
dos ataques do inimigo
Páginas: 46 - 53
Nenhum comentário:
Postar um comentário