Texto Áureo: Josué 7.12
Verdade Prática: O pecado conduz à
morte todo aquele que nele persiste.
Leitura Bíblica: Josué
7.5-13,19-21
Lição 8
INTRODUÇÃO
As Escrituras nos dizem que “um só pecador destrói muitos bens” (Ec 9.18), e
este pensamento é contextualizado pelo episódio que estudaremos na presente
lição. Acã quase que leva a nação inteira de Israel ao fracasso. De fato: “O
pecado é o opróbrio dos povos” (Pv 14.34).
I.
FRACASSADOS
POR CAUSA DO PECADO
Para que tenhamos maior compreensão do significado do pensamento sobre o
pecado de Acã e suas conseqüências, devemos, portanto, trazer aos nossos
leitores uma definição concisa sobre o pecado e aquilo que ele representa. Um
dos maiores problemas da área teológica é a origem do pecado. Todavia, se
cremos fielmente nas informações que as Escrituras fornecem sobre o pecado,
podemos descobrir sua origem, sua natureza, conseqüência e coisas assim.
1.
A origem do
pecado: A origem do pecado teve seu principio de formação no “coração
de Satanás”. A causa principal da queda deste terrível ser foi o “orgulho”, mas
o ponto marcante no momento fatal foi a “violência!”. Só Deus conhece e pode
explicar a contento a origem do mal, e é Ele quem diz quando teve inicio o
primeiro pecado. Veja: “Se encheu o teu interior de violência e pecastes!” (Ez
28.16b). Aqui, e a partir daqui, portanto, o pecado teve inicio (Is 14.13; 1 Tm
3.6). Houve o momento em que foi detectado o início do pecado no coração de
satanás, conforme depreendemos do expressivo (“ATÉ”) que se (“ACHOU”)
iniqüidade em ti (Ez 28.16). Com efeito, a característica primordial do pecado,
desde o, princípio, em todos os seus aspectos, é que ele, antes de tudo, é
praticado contra Deus. Lúcifer inaugurou este principio sombrio.
2.
A natureza do
pecado: Por natureza do pecado, se entende, segundo definição do Dr.
Torrey, “qualquer falta que fere a santidade de Deus”, quer em ato estado, ou
natureza. As palavras que gravitam no hebraico e grego “hattã’th”, “harmonia”,
“hamartema”, “parabasis”, “paraptõma”, “poneria”, “anomia” e “adikia”, denotam
tortuosidade no sentido próprio e errar o alvo no sentido religioso. O pecado
no sentido lato é sempre citado no singular, para denotar aquele principio
pecaminoso que produz a morte, tanto física como espiritual. O pecado é, então
personificado como sendo “o grande tirano” que impõe tristeza, desespero e
morte, colocando a criatura humana numa “região triste e inativa” (Mt 4.16).
3.
Suas
conseqüências: As conseqüências do pecado são detectadas em cada parte
do universo-fisico e espiritual e espiritual. Convém notar que, no segundo dia
da Criação, Deus não pronunciou a palavra “bom” ou o seu equivalente “boa”,
quando criou os “ares” (Gn 1.6-8). Isso significa que o inimigo de Deus, e dos
homens, infestou essas regiões celestes com seres caídos (Ef 2.2; 6.12). Eles
ali existem, como inimigos de todo o bem fazendo guerra aos santos. No universo
físico, as conseqüências do pecado são sentidas nos seres e nas coisas. Assim o
pecado permeou todo o universo da vida e da existência, incluindo cada reino na
Criação e afetando cada raça e espécie entre as criaturas!
II.
O PECADO DE
ACÃ E SUAS CONSEQUÊNCIAS
1.
O pecado
causa a morte (v 5): O pecado de Acã trouxe para toda a humanidade à
luz da Teologia três gêneros de morte a saber:
·
A morte espiritual (Ef 2.1).
·
A morte física (Gn 3.19; Rm 5.12).
·
A morte eterna (Ap 2.11)
Visto que, diz Paulo: “Pro um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado
a morte, assim também a morte passou a todos os homens...” (Rm 5.12). O pecado
de Acã, ainda que numa escala menor, trouxe ao povo eleito um fracasso físico,
moral e espiritual.
·
Físico:
houve “trinta e seis” baixas (v 5).
·
Moral:
“o coração do povo se derreteu e se tornou como água” (v 5).
·
Espiritual:
“Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto...” (v 11).
Uma vez fracassados, os filhos de Israel “viraram as costas diante dos seus
inimigos...”. Isso foi bastante doloroso para o povo do De7us vivo!
2.
O pecado de
Acã partiu a comunhão com Deus (v 13): Deus exige novamente uma
reavaliação na santificação do povo, conforme já tinha feito em Js 3.5, para a
travessia do Jordão. “Santificai o povo o povo e dize: Santifica-vos para
amanhã...” (v 13). A revelação divina põe em relevo dois grandes princípios ou
qualidades morais; a santidade e seu antagonista, o pecado. Pode-se dizer que,
na esfera moral, o primeiro corresponde ao (“BEM”) e o segundo ao (“MAL”). O
povo fica fraco, onde há pecado; e forte, onde há santidade (Ex 19.10-15).
III.
O PECADO DE
ACÃ FOI CONSUBSTANCIADO POR VÁRIAS TRANSGRESSÕES
1.
Um só homem
pecou, mas a conseqüência veio aos outros (vv 5,11,12): Como o veneno
da serpente se generaliza no corpo através da corrente sangüínea, assim é
também o pecado. Geralmente, “um abismo chama outro abismo” (Sl 42,7), e no
caso de Acã este principio não fugiu à regra. Seu pecado foi progressivo,
avançou em direção ao fracasso e o povo perdeu a coragem e a confiança em Deus
(v 12).
2.
O pecado de
Acã e sua divisão correta: Segundo a divisão correta nada menos de
“sete transgressões” ocasionaram a queda deste soldado de Josué (cinco delas
confessadas por ele e duas reveladas por Deus).
·
“Pequei contra o Senhor” (v 20). Toda
“iniqüidade é pecado”, mas devemos ter em menos que as Escrituras reconhecem a
existência de diferentes graus de culpas. Existem cerca de 372 tipos de pecados
de acordo com o regulamento da lei e quatro classes de pecadores.
·
Um sacerdote (Lv 4.3).
·
A congregação (Lv 4.13,14).
·
Um príncipe (Lv 4.22,23)
·
Qualquer outra pessoa (Lv 4.27,28). Acã tinha
pleno conhecimento da advertência divina (v 18), por isso sua pena foi capital
(v 25).
·
“Vi entre os despojos” (v 21). Costumamos dizer
que o peixe morre pela boca. Mas, com efeito, isso não é correto. O peixe morre
atraído pelos olhos. Geralmente é a isca que lhes convida para a destruição. No
caso de Acã, os seus olhos serviram
·
“Cobicei-os” (v 21). Quando uma pessoa é
conduzida pela influência da cobiça, todo o seu ser é afetado. Com efeito, quem
cobiça é o coração (Rm 1.24), a carne (Rm 13.14; Ef v2.3; 1 Pe 2.11), o corpo
(Rm 6.12), os olhos (Gn 3.6; Jó 31.1; 1 Jo 2.16), a alma (Ap 18.24), isso
significa que todo o homem é envolvido (Mt 9.47).
·
“Tomei-os” (v 21). Acã tomou aquilo que não era
seu. Toda a cidade era anátema (maldita) ao Senhor (6.17). Quantos crentes não
estão tomando aquilo que não lhes pertence, até mesmo o dinheiro que pertence a
Deus! O nosso é nosso, mas o de Deus deve ser administrado!
·
“Estão escondidos” (v 21) Acã escondeu os
objetos que encontrou na destruição. A mulher de Ló lembrou-se daquilo que foi
sucumbido na destruição de Sodoma e Gomorra e foi transformada “numa estátua de
sal” (Gn 19.26). Eis a advertência divina para nós hoje. “Não ameis o mundo,
nem o que há no mundo” (1 Jo 2.15).
·
“Transgrediu” (v 11). O pecado quando é
tr5aduzido por “transgressão” significa que ele “vai além do limite”. Isto é
declínio, ou para a direita ou para a esquerda da linha da santidade (Is
30.21).
·
“Mentiu” (v 11). O pecado da mentira traz o
desequilíbrio espiritual a criatura humana. O Senhor disse: “O que usa de
engano não ficará dentro da minha casa, o que profere mentiras não estará firme
perante os meus olhos” (Sl 101.7). Acã teve a recompensa de sua mentira. Foi
morto sem misericórdia (vv 25,26). Que Deus nos guarde de tamanho fracasso.
Amém.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 1992
Comentarista: Severino Pedro da Silva
Tema Central: JOSUÉ, o livro das vitórias.
Páginas: 28 - 31
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