Texto Áureo: 2 Reis 8.4
Verdade Prática: Os milagres realizados
por Eliseu não visaram a glorificação pessoal do profeta, mas demonstraram o
amor e a graça de Deus.
Leitura Bíblica: 2
Reis 2.9-14.
Lição 11
INTRODUÇÃO
Eliseu era um lavrador pertencente a uma família abastada de Israel, quando
foi chamado a exercer o ministério profético (1 Rs 19.19-21). Sem dúvida, era
um dos sete mil que não haviam se dobrado diante de Baal. E essa foi uma das
razões pelas quais o Senhor o escolhera. As intervenções sobrenaturais, através
de Eliseu, são impressionantes (1 Rs 19.16).
Dividimos aqui as narrativas de seus milagres em quatro grupos. Nem todos os
milagres operados por Eliseu serão estudados aqui, mas os que analisarmos
servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo.
I.
OS MILAGRES
DE PROVISÃO
1.
A
multiplicação dos pães: Esse é um milagre de provisão. Eram cem os
discípulos dos profetas e só havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs 4.42-44).
A lei da procura era maior do que a da oferta! O que fazer diante da situação?
O profeta Eliseu não olha Às evidências naturais, mas seguindo a direção de
Deus, profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como? Não havia
lógica nenhuma nessa predição.
Todavia, milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Muito tempo depois
encontramos o Novo Testamento detalhando como Jesus Cristo operou um milagre
com a mesma dinâmica, mas em maior proporção (Jo 6.9). Em ambas as histórias, a
graça de Deus em prover o necessário para os carentes fica em evidência.
2.
Abundância de
viveres: Jorão, filho de Acabe, estava assentado no trono do reino do
Norte e, a exemplo de Jeroboão, foi mau governante (2 Rs 3.1-3). A conseqüência
de suas ações pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria promovida por
Ben-Hadade II. Com a cidade sitiada, a conseqüência natural foi a escassez de
alimentos. Vendia-se desde cabeça de Jumento até mesmo esterco de pombo na
tentativa de amenizar a fome.
Pressionado pela crise, o rei procurou o profeta Eliseu e o responsabilizou
pela tragédia. Sempre o Diabo querendo culpar Deus! Todavia, o Senhor
demonstra, mas uma vez, a sua graça, e orienta Eliseu a profetizar o fim da
fome! Como nos outros milagres, esse tem seu cumprimento de forma inteiramente
sobrenatural e inexplicável.
II.
OS MILAGRES
DE RESTITUIÇÃO
1.
A
ressurreição do filho da sunamita: Mesmo havendo deixado o filho morto em casa, a
rica mulher de Suném demonstra uma fé inabalável (2 Rs 4.18-37). Quando a
caminho, e interrogada por Geazi, servo de Eliseu, sobre como iam as coisas,
ela respondeu: “Tudo bem!” Nada está fora do controle quando |Deus está no
comando.
A seqüência da história mostra o profeta Eliseu orando ao Senhor sobre o
corpo inerte do garoto (2 Rs 4.33,34). Os gestos do profeta parecem não ter
sentido, mas sem dúvida refletem a orientação divina (2 Rs 4.34,35). O Senhor
responde a oração do profeta e a vida volta novamente ao filho da sunamita (2
Rs 4.35-37).
2.
O machado que
flutuou: Um dos discípulos dos profetas perdera a ferramenta que tomara
emprestada (2 Rs 6.1-7). Naqueles dias, os instrumentos de ferro eram escassos
e valiosos. Daí o seu desespero. Duas coisas observamos nesse texto:
primeiramente, a motivação do milagre que esta bem expressa no lamento daquele
que perdera o machado. O que nos faz lamentar? A nossa motivação esta correta?
Em segundo lugar, vemos o profeta procurando identificar o local onde a
ferramenta havia caído. O Senhor está pronto a restituir o que perdemos, mas
temos de ter consciência disso.
III.
OS MILAGRES
DE RESTAURAÇÃO
1.
A cura de
Naamã: Algumas coisas nos chamam a atenção no relato desse milagre (2
Rs 5.1-19). Em primeiro lugar, observamos que o general sírio fica indignado
quando o profeta não age da forma que ele imaginou (2 Rs 5.11). Deus não faz
shows, nem tampouco opera para satisfazer nossa curiosidade.
Em segundo lugar, vemos que Deus não estava interessado na análise lógica de
Naamã (2 Rs 5.11,12), mas apenas em sua obediência. Em terceiro lugar, Naamã
recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs 5.14).
Ninguém será restaurado se não descer! Naamã desceu e foi curado. Deus
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Em quarto lugar,
Naamã tentou recompensar o profeta pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu
recusou! A graça não aceita pagamento por aquilo que faz.
2.
As águas de
Jericó: O texto de 2 Rs 2.19-22 narra o episódio das águas amargas de
Jericó que se tornaram saudáveis através da ação de Eliseu. Aqui, o profeta
pede um prato novo em que neste, se coloque sal. Feito isso, ele profetiza que
aquelas águas tornar-se-iam potáveis segundo a palavra do Senhor. Tais
exigências possuem um valor simbólico, pois o sal representa um elemento
purificador (Lv 2.13; Mt 5.13). O prato novo simboliza um instrumento de
dedicação especial ou exclusiva a Deus para aquele momento. Em todo caso, foi o
poder de Deus que purificou as águas e não o poder desses objetos e
ingredientes.
IV.
OS MILAGRES
DE JULGAMENTO
1.
Maldição dos
rapazinhos: Certa vez, uns jovens debocharam de Eliseu, dizendo-lhe:
“Sobre, calvo, sobe, calvo”! Reagindo à situação, o profeta invoca o julgamento
divino sobre os zombadores, amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-25). O
efeito foi devastador.
Apareceram duas ursas selvagens, que se investiram contra os rapazes,
matando quarenta e dois deles. Não se pode brincar com as coisas sagradas e
muito menos escarnecer dos servos de Deus.
2.
A doença de
Geazi: No relato de 2 Rs 5.20-27, observamos as razões, pelas quais
Geazi foi julgado. Ele supunha que a recusa de Eliseu em aceitar os presentes
de Naamã era apenas uma questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20). por isso,
resolveu tirar partido da situação. Usou o nome de Eliseu para validar sua
cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia abominado (2 Rs 5.22). Ele
deveria saber que Deus não vende suas bênçãos, mas as dá gratuitamente. E,
assim, o cobiçoso Geazi trocou o arrependimento pelo fingimento e ainda trocou
a bênção pela maldição (2 Rs 5.25,27). Em conseqüência teve de conviver com a
lepra pelo resto da sua vida!
CONCLUSÃO
Os milagres operados por Eliseu demonstram o poder divino. Todos tiveram um
propósito especifico: evidenciar a graça e a glória de Deus nas mais diferentes
situações. Em nenhum momento, essas intervenções exaltam as virtudes do
profeta.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 2013
Comentarista: José Gonçalves
Tema Central: Elias e Eliseu – Um ministério de Poder para toda a
Igreja
Páginas: 75 - 82
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