Texto Áureo: Atos 1.11
Verdade Prática: A ascensão de
Cristo é a garantia de que Ele voltará e nos levará, a fim de que vivamos ao
seu lado eternamente.
Leitura Bíblica: Lucas
24.50,51; Atos 1.9-12
Lição 13
INTRODUÇÃO
A ascensão de Cristo é de grande
importância, pois significa o final da missão que veio realizar na Terra.
I. O
DIA DA ASCENSÃO
1. O
dia das últimas instruções: As horas que precederam o momento solene da
ascensão do Senhor Jesus foram ocupadas pelas intensas atividades do divino
Mestre, no bendito afã de trazer à memória dos discípulos a essência dos
ensinos que lhes transmitira durante os anos do seu ministério terreno.
Falou-lhes da importância de serem cheios do Espírito santo (At 1.5,8) e da
consequente evangelização do mundo, a começar por Jerusalém. Não duvido que,
naquele dia, as palavras de Cristo penetrassem ardentemente nos corações dos
discípulos. Era o último dia que Jesus passava pessoalmente com eles.
2. A
ascensão à vista dos discípulos: Ao terminar as devidas instruções,
“foi Jesus elevado Às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus
olhos” (v 9). Subia, enquanto o contemplavam. Eles o viram partir para o céu.
Seus olhos presenciaram esse fato com muita atenção e, emocionados, o
observaram ocultar-se na nuvem, talvez semelhante àquela que envolveu Pedro,
Tiago e João no dia da transfiguração (Mt 17.5).
3. A
nuvem e a ascensão de Cristo: Certamente, não foi acaso a presença da
nuvem (na ascensão de Cristo), pois de certo modo, ela se constituiu em um meio
de comunicação entre o Céu e a Terra. Por isso, é razoável dizer que, através
dela, subiu o Mediador entre Deus e os homens. Aquele pelo qual viriam sobre
nós as misericórdias de deus e subiriam as nossas orações (Jo 14.14).
4. A
expectativa dos discípulos na ascensão: Depois que o Senhor ocultou-se
em uma nuvem, seus discípulos permaneceram com “os olhos fitos no céu” (v 10).
Talvez esperassem que o Mestre ainda retornasse. Não era fácil ficarem sem a
sua presença, embora o Senhor houvesse dito: “Convém-vos que eu vá” (Jo 16.7).
É possível que eles esperassem alguma mudança visível nos céus, nessa ocasião
da subida de Cristo, Jesus havia dito certa ocasião: “Vereis o céu aberto e os
anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1.51). Não seria naquela
oportunidade?
II. A
ASCENSÃO DE CRISTO
1. A
ascensão de forma solene: A ascensão de Cristo deu-se solenemente.
Lemos que Jesus “levou seus discípulos até Betânia, e erguendo as mãos os
abençoou” (v 50).
Ele veio ao mundo executar a sublime
missão de salvar a humanidade. Concluída sua obra redentora na Terra, retornou
para o Céu, sua eterna habitação, onde foi preparar lugar para os seus remidos
(Jo 14.2).
2. De
onde ascendeu: De Betânia, perto de Jerusalém, próximo do monte das
Oliveiras. Ali, havia um jardim onde se iniciou o sofrimento de Cristo, antes
do Calvário, a terrível agonia do Getsêmani.
Aprendemos, nesta lição, que devemos
aguardar o nosso último momento na Terra, felizes como quem conquista a maior
vitória: hora de deixarmos as lutas terrenas e entrarmos na glória do Céu. Mas
uma vez, o Mestre amado poderia ter dito: “Eu vos dei o exemplo, para que como
fiz, façais vós também” (Jo 13.15).
3. As
testemunhas: Os discípulos que Jesus levou ao monte das Oliveiras, para
presenciarem esse fato.
Eles não foram testemunhas oculares da
ressurreição, porque esta foi comprovada pelo túmulo vazio, pelos lençóis ali
deixados e pela presença do Cristo ressuscitado entre os discípulos por várias
vezes (Jo 21.14). Eles viram o Senhor ascender ao Céu, porque se não tivessem
uma prova tal como aquela, teriam dúvidas quanto ao destino do Mestre amado.
Nesse particular, também podiam dizer: “Nós somos testemunhas deste fato” (At
5.32).
4. A
despedida de Cristo: Ele levantou as mãos e os abençoou. Não partiu com
qualquer ressentimento dos discípulos, mas demonstrou profundo amor por eles.
Suas últimas palavras, antes de subir ao Céu, abrasaram os seus corações. Ele
partiu, mas deixou com eles aa sua benção. Era maravilhoso aquele momento e
lugar que se tornaram inesquecíveis para eles. Enquanto o Mestre os abençoava,
aperceberam-se de que Ele se afastava da Terra, ao elevar-se ao Céu (v 51).
Hora maravilhosa!
5. Como
ascendeu? Diferente de Elias, Jesus não subiu ao Céu em carros e
cavalos de fogo, pois conhecia o caminho de onde viera. Ele foi o único que, da
excelsa glória, veio morar na Terra (Jo 3.13). O Céu é a sua casa (Jo 14.2).
III. CRISTO RECEBIDO NO CÉU
1. A ascensão confirmada: “Enquanto
Jesus subia, de repente, junto deles se puseram dois homens vestidos de branco,
os quais lhes disseram: Varões, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus
que dentre vós foi recebido no céu, há de vir, assim, como para o céu o viste
ir” (v 11).
Este fato mostra-nos o que estava no
coração do nosso Salvador, a respeito de sua Igreja que ficava na Terra. Por
isso, enviou aos seus discípulos dois anjos que compunham o cortejo celestial.
Apareceram como dois homens vestidos e branco, e, perante aa multidão,
afirmaram que Cristo fora recebido no Céu pelo Pai e pela corte angelical (Hb
1.6).
2. A
mensagem dos anjos: “Varões galileus, por que estais olhando para o
céu?” Como repreensão à curiosidade dos discípulos, falaram os anjos com,o a
dizer: “Vocês nada mais tem a ver agora; já observaram o que era possível
contemplar”. Cristo havia determinado quais as atividades que deviam realizar.
Não havia mais tempo para olharem o Céu, e, sim, presenciarem “os campos
brancos para a ceifa” (Jo 4.35). Isto nos ensina que, em nossas vidas, com
frequência, a reflexão deve dar lugar à ação imediata: “há tempo para estar
calado e tempo para falar” (Ec 3.7).
3. Confirmada
a fé dos discípulos na segunda vida de Cristo: “Esse Jesus que dentre
vós foi recebido em cima nos céus, há de vir assim como para o céu o viste ir”
(v 11).
Jesus subira ao Céu. Os anjos lhes
fizeram entender que Jesus veio em extrema pobreza, para ser ultrajado, julgado
e condenado, mas voltará daquela maneira gloriosa. Por outro lado, cumpria-se o
que dissera o mestre a Pedro: “Para onde eu vou, não me podes seguir agora: mas
tarde, porém, me seguirás” (Jo 13.36).
Permaneçamos
na expectativa da segunda vinda de Cristo e aguardemos o fim das nossas lutas e
o despontar do dia eterno, pleno de glória para nós e “todos quanto amam a sua
vinda” (2 Tm 4.8).
IV. O
TRABALHO DE CRISTO NO CÉU.
A Bíblia declara que Cristo está à
destra de Deus como sumo sacerdote, intercedendo por nós.
1. A
ascensão de Cristo e sua exaltação: Aquele que “a si mesmo se humilhou,
sendo obediente ate a morte e morte de cruz, Deus o exaltou sobremaneira e lhe
deu o nome que está acima de todo nome” (Fp 2.8,9).
A sua exaltação à destra de Deus é prova
da nossa segurança. “A respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o
Senhor porque está à minha direita, para que eu não seja abalado” (At 2.25;
5.31). Esta mesma confiança depositemos em Cristo, o qual está ao lado do Pai
como nosso Mediador da redenção e intercessão. Foi esta a experiência de
Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, em seu momento derradeiro (At
7.55,56).
2. A
mediação de Cristo e o batismo com o Espírito Santo: No dia de
Pentecoste, Pedro pregou: “A este Jesus Deus ressuscitou...Exaltado, pois, à
destra de Deus, tendo recebido do pai a promessa do Espírito Santo, derramou
isto que vedes e ouvis” (At 2.32,33). O derramamento do Espírito Santo por
Jesus prova que Ele é realmente O Messias, agora assentado à destra de Deus, a
interceder por seus representantes na Terra (Hb 7.25).
Desde o seu batismo até o dia de
Pentecoste, o Espírito santo estava sobre Ele, pois o ungiu (Lc 3.21-22;
4.1-14,18,19). Ele “recebeu do pai e derramou” sobre os que crêem nele. O
Espírito representaria a presença de Cristo no meio dos crentes, para
fortalece-los e habitá-los a fazerem as obras que Ele realizou na Terra (Jo
14.12).
3. A
intercessão de Cristo e do Espírito Santo: Por nós, Cristo intercede no
Céu e o Espírito Santo na terra. Esta verdade alentadora é exposta por Paulo no
capítulo 8 de Romanos. Refere-se ele às lutas que ameaçam até a vida dos
crentes, e conclui: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?... Quem
os condenará?... Cristo está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm
8.33,34). Além disto, o Espírito por Ele
enviado também “intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26,27). Por
isso, todo crente tem condições de triunfar em todas as lutas e tentações, e
permanecer fiel, em plena comunhão com Deus, pois somos ajudados por Cristo e
seu Espírito.
4. Cristo, o sumo sacerdote, à destra de
Deus (Hb 8.1): Após o Senhor Jesus Cristo receber sobre si o castigo
pelos nossos pecados, mediante o sacrifício de sua vida, entrou no céu, de onde
envia bênçãos abundantes aos que nele crêem. Ele ministra como sumo sacerdote
(Hb 2.17) à direita de Deus, de cinco maneiras:
a) Na terra Ele foi sacerdote e sacrifício:
No Céu, fiador da nova aliança. Por Ele, podemos ter aceso permanente à
presença de Deus, com toda a confiança (Hb 4.16).
b) Ele está na presença de Deus: No
Céu, como doador do amor Divino aos que crêem. Por graça, continua sua mediação
por nós, e torna-nos novas criaturas (Jo 3.3; 2 Co 5.17).
c) Cristo age como mediador: Entre
Deus e os que quebraram a lei divina e necessitam de perdão e reconciliação (1
Jo 2.1,2).
d) Cristo exercer
seu sacerdócio no Céu com toda a simpatia para com os crentes que são tentados,
e os socorre em suas necessidades, pois Ele também “sofreu, sendo tentado,
porém sem pecado” (Hb 2.18).
e) Cristo vive
para sempre e intercede continuamente pelos que por Ele se chegam a Deus, aos
quais pode salvar perfeitamente (Hb 7.25).
5. Cristo aguarda o dia do triunfo total
sobre os seus inimigos: É o que lemos: “Jesus assentou-se à destra de
Deus, aguardando, daí em diante, até que seus inimigos sejam postos por estrado
dos seus pés” (Hb 10.12,13). Nesta passagem, aprendemos duas coisas.
a) Cristo foi à suprema honra: Sentou-se
à destra de Deus, no lugar do poder supremo, junto à mão que cuida dos
desamparados e opera maravilhas. Ocupou, portanto, o posto mais elevado.
b) Cristo atingiu a tão elevada honra:
Como a devida recompensa dos sofrimentos pelo mundo perdido, pois empenhou-se
pelo bem do seu povo. Era o eterno
reconhecimento do trabalho realizado “pelo Espírito eterno” (Hb 9.14)
Fonte:
Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora:
CPAD
Trimestre:
2º/ 1994
Comentarista:
Estevam Ângelo de Souza
Tema
Central: Jesus Cristo Ferido de Deus
Páginas:
60 - 64
Nenhum comentário:
Postar um comentário