quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O JUIZO FINAL



Texto Áureo: Apocalipse 21.8
Verdade Prática: Deus é amor, mas não permitirá que nenhum pecador impenitente fique impune.
Leitura Bíblica: Apocalipse 20.7-15

Lição 12

INTRODUÇÃO

Embora fosse o responsável direto pelo assassinato de seis milhões de judeus, Adolf Hitler não foi levado a julgamento. Ele preferiu suicidar-se a comparecer ante o tribunal internacional de justiça, que seria instalado na cidade de Nuremberg, em 20 de novembro de 1945. A esse julgamento, que durou até o dia 1 de outubro de 1946, foram submetidos seus principais assessores. Uns foram enforcados, outros condenados à prisão perpétua e ainda outros tiveram de amargar várias décadas em penitenciárias especiais.
Hitler escapou à justiça humana. Mas não haverá de fugir ao Juízo Final. Tanto ele, quanto o mais anônimo dos ímpios, comparecerão ante o Trono Branco, para serem julgados por um tribunal isento de casuísmos. Quanto à Igreja, estará ao lado de Cristo, para administrar a justiça divina, inclusive aos anjos caídos.

I.                   O QUE É O JUÍZO FINAL

Não há ser humano que não se preocupe com o seu destino eterno. O Juízo Final é uma verdade teológica reconhecida pelas mais diversas culturas.
1.      O juízo Final: Denomina-se assim o julgamento que o senhor Deus conduzirá no final dos tempos, para retribuir a cada um consoante às suas obras (2 Tm 4.1; Ap 20.12).
2.      As bases do Juízo Final: A base primordial do Juízo Final é a justiça perfeita e inquestionável de Deus (Dt 32.4; Sl 7.11; Ap 16.7).
3.      A ocasião do Juízo Final: Deus instaurará o Juízo Final logo após a última apostasia da humanidade, no final do Milênio (Ap 20.7-10).

II.                O JULGAMENTO DA BESTA, DO FALSO PROFETA E DO DRAGÃO

Antes da instauração do Juízo Final, Deus julgará e sentenciará sumariamente três personagens: a Besta, o falso Profeta e o Dragão. Os dois primeiros haverão de inaugurar o lago que arde com fogo e enxofre.
1.      O juízo sobre a Besta: O Anticristo será tão maléfico À humanidade, que o Senhor o lançará no lago de fogo mil anos antes do Juízo Final (Ap 19.20). repulsivo e abominável, não terá direito sequer ao último julgamento.
Dessa forma, o Senhor destruíra por completo o sistema político deste mundo, para implantar o governo milenial.
2.      O juízo sobre o Falso Profeta: Destino semelhante terá o Falso Profeta que, com os seus prodígios e sinais mentirosos, deu todo o apoio ao Anticristo (Ap 19.20). Com ele haverá de cair os ídolos e os falsos deuses que, desde o Gênesis, vêm afrontando ao Deus Único e Verdadeiro.
3.      O juízo sobre o Dragão: Terminada a Septuagésima Semana de Daniel, conhecida também como a Grande Tribulação, deus aprisionará o dragão. E este será detido por mil anos (Ap 20.2). Ele é a antiga serpente, é o Diabo.
No final do Milênio, Satanás será temporariamente solto. E sairá a seduzir as nações. Inexplicavelmente, muitos povos o seguirão. Nesse ponto, obrigamo-nos a perguntar: Como o ser humano poderá recusar um governo tão perfeito como o de Cristo? Um governo que proporcionará justiça, segurança e bem-estar social a todos.
O Milênio, por conseguinte será a última aventura humana antes da instauração do Juízo Final e do Perfeito Estado Eterno: a Jerusalém Celestial.

III.             A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO

O Juízo final terá como símbolo o Trono Branco. Será o mais perfeito e justo de todos os julgamentos. E sobre ele assentar-se-á o mais reto dos juízes.
1.      O Trono Branco: Nas Sagradas Escrituras, o branco é o símbolo da justiça divina (Ap 19.8). O Juízo final, pois, simbolizado pelo trono Branco, será  de tal forma processado, que nele  não haverá qualquer falha ou deslize. Será irretorquível (Sl 19.9).
2.      O trono dos justos: Além do trono Branco, onde assentar-se-á o Todo-Poderoso, tendo ao seu lado o Cordeiro, muitos outros tronos serão instalados. E neste estarão os redimidos de todas as eras (Ap 20.4). Milhões e milhões de tronos! Lá nos acharemos, inclusive, para julgar os anos caídos (1 Co 6.3).
3.      O supremo Juiz: O Senhor Deus é o juiz de toda a terra (Gn 18.25). Ele é o juiz de vivos e de mortos (At 10.42). Sua competência é inquestionável (1 Pe 4.5). Enfim, o Senhor é um justo juiz (Sl 119.137). Somente alguém com tais características poderia conduzir o Juízo Final.
4.      Os livros do Juízo Final: Escreve o Evangelista que, no Juízo Final, muitos livros serão abertos: “E abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida” (Ap 20.12). Nesses livros, acha-se escrita fidedignamente a história da humanidade. Nenhum registro é alterado. Todas as obras humanas acham-se neles anotadas.
Entre esses volumes e rolos, encontram-se também as Sagradas Escrituras, pois será com base nestas que há de se processar o Juízo Final.

IV.             O JULGAMENTO DOS MORTOS

Os mortos, grande se pequenos, estarão diante do Trono Branco. Já imaginou o julgamento de bilhões de seres humanos? E cada um destes será tratado individual e personalizadamente. Diz o texto sagrado: “E foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).
1.      A segunda ressurreição: Dar-se-á logo após o Milênio, trazendo novamente à vida ímpios e pecadores de todas as eras (Ap 20.12).
A primeira ressurreição acontecerá no término da Grande Tribulação e contemplará os mártires desse período (Ap 20.1-6).
2.      Os mortos da segunda ressurreição: Do homicida Caim ao último dos pecadores, todos lá estarão. Nero, Calígula, Hitler. Também lá estarão os pecadores anônimos que, agarrados à justiça própria rejeitaram a graça de Deus.
Os que morrerem durante o Milênio de igual modo se farão presentes. Os inscritos no Livro da Vida tornarão a viver para tomar parte nas bem-aventuranças de Jerusalém Celeste (Ap 20.4-6,15).
3.      A segunda morte: O horror da segunda morte não está propriamente no lago de fogo, m as na separação definitiva e eterna de Deus. Os ímpios serão lançados nesse lugar de tormentos, localizado nas trevas exteriores (Mt 25.30). É um castigo real num lugar real. Jamais terá fim.

V.                O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO

Finalmente, serão julgados a morte e o inferno. Embora não sejam pessoas, simbolizam os dois grandes castigos que recaíram sobre os filhos de Adão: a experiência física terminal e a penalidade eterna.
1.      O Juízo sobre a morte: Afirma o apóstolo Paulo que o último inimigo a ser aniquilado é a morte (1 Co 15.26). os justos nunca mais experimentarão a morte, porque viverão eternamente ao lado do Senhor. Assim, poderemos cantar: "Tragada foi a morte na vitória” (1 Co 15.54). Ela também será lançada no lago de fogo (Ap 20.14).
2.      O Juízo sobre o inferno: O inferno não é um estado de espírito. É um lugar real (Lc 16.23). Mas está com os seus dias contados. É o que diz o Evangelista: “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte” (Ap 20.14).
O inferno será lançado no inferno. Assim, o Senhor aniquilará todas as maldições que, desde Adão e Eva, infelicitam a raça humana.

CONCLUSÃO

No lago de fogo, não serão lançados apenas genocidas como Nero e Hitler. Adúlteros e mentirosos também sofrerão as penalidades eternas, conforme adverte a Palavra de Deus: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idolatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte” (Ap 21.8).
Infelizmente, tais pecados acham-se também entre os que invocam o nome de Deus. É hora de buscarmos ao Senhor. Sua advertência é grave e urgente: “Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda” (Ap 22.11). Santidade ao Senhor!


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/2012
Comentarista: Claudionor de Andrade
Tema Central: AS SETE CARTAS DO APOCALIPSE – A mensagem final de Cristo à Igreja
Páginas: 84 - 90

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