quarta-feira, 23 de maio de 2012

MAMOM - O DEUS DO DINHEIRO

Texto Áureo:1 Tm 6.10 Verdade Prática: O que se deixa seduzir e dominar-se pelas riquezas terrenas, jamais terá um tesouro no Reino dos Céus. Cristo Jesus é o nosso maior bem. Leitura Bíblica: Marcos 10.17-25 Lição 03 INTRODUÇÃO Numa tirada que lembra os antigos provérbios, afirmou certa vez Francis Bacon: “O dinheiro é como o adubo: só serve, quando espalhado”. O que o genial filosofo inglês quis dizer é que, se o dinheiro não for usado a fim de promover o bem comum, não passara de um monte de esterco. É um deus que cheira mal. Desgraçadamente, não são poucos os crentes que, desconhecendo o senhorio de Cristo sobre suas aquisições materiais, transformaram-nas num crudelíssimo e perverso ídolo. Sem o saberem, estão a adorar o estúpido Mamom. I. QUEM ERA MAMOM No Sermão do Monte, o Senhor Jesus foi mais do que explícito quanto ao correto uso das riquezas terrenas: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24). Não está aqui o Senhor dizendo que o crente não pode ter bens materiais. O que Ele deixa bem claro é que não podemos servir às riquezas como se estas fossem um ídolo. Mas delas devemos nos servir para adorar a Deus e amparar os mais carentes (1Jo 3.17). Os que se fazem servos do dinheiro não o tem apenas como senhor de sua vida, mas como o deus de toda a sua existência. É por isso que o dinheiro era visto pelos contemporâneos de Jesus como o abjetivo Mamom, cujo nome provém de uma palavra aramaica que significa riqueza – man. Por conseguinte, Mamom é a riqueza que se opõe a Deus, e conscientemente ignora-lhe o senhorio. Quem na verdade era Mamom? É provável fosse ele originário da mitologia caldaica. Alguns o identificam como o senhor das riquezas e o deus dos avaros. De uma forma ou de outra, o Senhor Jesus, o Senhor Jesus adverte-nos, e com energia o faz, a que não sirvamos as riquezas. Se o fizermos, estaremos desagradando a Deus. II. O QUE SÃO AS RIQUEZAS Antes de buscarmos uma resposta teológica, vejamos o que nos diz a economia sobre a riqueza. Pode ser esta definida como tudo o pode satisfazer as necessidades humanas – bens e serviços. Temos de convir não estar esse conceito distante daquilo que encontramos logo no primeiro livro da Bíblia (Gn 1.26-30). Ora, se Deus colocou tudo quanto existe à nossa disposição, por que haveríamos de considerar as riquezas superiores àquele que nos enriquece de todos os bens materiais e espirituais? Ajamos assim e cairemos nos mesmos pecados daqueles gentios retratados por Paulo no primeiro capítulo de sua Epístola aos Romanos. A Bíblia diz que tudo quanto existe é nosso: “Porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo, de Deus” (1 Co 3.22). Como isso é consolador! Possuamos pouco ou muito, somos possuídos por aquele que tudo possui (Ag 2.8). Tudo aquilo que o Senhor permitiu viéssemos a ter usemos para a sua glória e para mitigar o sofrimento dos mais necessitados. III. COMO SE DEVE USAR AS RIQUEZAS Certa vez ouvi falar de um poderoso empresário americano que, prestes a entregar um cheque de 200 mil dólares a uma agência missionária, recebeu a notícia de que a sua indústria acabara de ser destruída por um incêndio. Naquele momento, ele rasgou o cheque, e pôs-se a preencher outro. At contínuo: entregou-o ao responsável por aquela agência que, surpreendido, perguntou-lhe: - Irmão, a sua indústria acabou de ser destruída, e mesmo assim, o senhor nos abençoa com um milhão de dólares? -Sim! Deus acaba de me dar um recado; nada é meu; tudo é dEle. O interessante é que aquela indústria não estava no seguro. Mas todos os bens espirituais daquele homem, principalmente a sua vida, achavam-se plenamente assegurados por Deus. Vejamos a seguir, como devemos fazer uso das riquezas que o Senhor, em suas infinitas provisões, nos concede dia após dia (Mt 6.11). 1. Dízimos e ofertas: Através denossos haveres e bens materiais, demonstremos ao Senhor que lhe reconhecemos o senhorio sobre a nossa vida e sobre tudo o que dEle recebemos. É desnecessário lembrar que o dízimo é um mandamento divino, e não está restrito à Lei Mosaica. Pois Abraão, que viveu mais de 500 anos antes da decretação da Lei, Mosaica. Pois Abraão que viveu 500 anos antes da decretação da Lei, adorou a deus com os seus dízimos (Gn 14.20). O mesmo faria o seu neto (Gn 28.22). Aqueles que alegam ser o dizimo exclusivamente da Lei Mosaica, deveriam ter em mente um pressuposto bíblico-teológico mui elementar: 1) Abraão entregou os seus dízimos a Melquisedeque que representava a ordem sacerdotal (Sl 110.4); 2) Melquisedeque, aliás, representava o próprio Cristo: “Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio tem ordem, segundo a Lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos” (Hb 7.4,5); 3) Ora, se até Levi, na pessoa de seu ancestral, Abraão, pagou dízimo ao Senhor Jesus (topologicamente representado por Melquisedeque) por que haveríamos nós de negar os dízimos a Deus, consagrando-os a Mamom? Cuidado! O que é deDeus não se retém. Pois se Ele retiver a menor de suas provisões todos pereceremos. Leia com atenção Mq 3.9,10. O profeta não fala apenas de dízimos; fala também de ofertas. Isto significa que o dízimo, na vida do crente, deve ser o referencial mínimo e obrigatório. O crente realmente fiel não se limita a dizimar; sabe ele também ofertar com liberalidade (Rm 12.8). Lembre-se: milhões de preciosas almas, por quem Cristo Jesus morreu, estão dependendo de nossos dízimos e ofertas. Você sabe o preço de uma alma? 2. Nossa subsistência: A fim de que o nosso dinheiro seja realmente abençoado, é mister que, além de sermos fiéis dizimistas, sejamos bons administradores. Um mal administrador acabará por ser um péssimo dizimista. Por isso, todas as vezes que você for assediado por ímpetos consumistas, ouça a pergunta do profeta: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.2). Cuidado com os gastos exagerados! Deus tem compromisso com a nossa subsistência, e não com os luxos e oferendas que muitos depositam aos pés do perverso Mamom. O crente que for sábio haverá de se safar das armadilhas proporcionadas pelos cartões de crédito, cheques especiais, agiotas, etc. Deus quer que todos os seus filhos tenham uma vida tranquila e abençoada. Peça-lhe, então, que o ajude a administrar os seus recursos. 3. Filantropia Cristã: Não se esqueça de ajudar os mais necessitados. Você sabia que Paulo, antes de ser comissionado a fazer missões, receberá como tarefa socorrer os mais necessitado? É o que lemos em At 11.30. Dos desvalidos jamais se esqueceria (Gl 2.10). Ajude os carentes e desprotegidos. Lembre-se dos pobres. Pois haveremos de ser julgados não apenas em relação ao nosso credo e ortodoxia, mas também com respeito às nossas obras (Mt 25.31-46). A avareza é idolatria (Cl 3.5). CONCLUSÃO A Bíblia não diz ser o dinheiro a raiz de todos os males, e sim o amor a ele. Quem o ama, coloca-o acima de Deus, como fez aquele mancebo de discutidas qualidades. Considere a recomendação do apóstolo: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e emmuitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1 Tm 6.9). Encerrando esta lição, acho mui apropriado citar o comentário do pastor F. B. Meyer. Ele afirmou que não podemos olhar para duas direções ao mesmo tempo. Ou seja: para Deus e para as riquezas. Isto é estrabismo espiritual. Para quem você está olhando neste momento? Para Cristo ou Mamom? Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) Editora: CPAD Trimestre: 4º/2000 Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto Tema Central: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – Quando a idolatria ameaça a Igreja de Cristo Páginas: 12 -16

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