segunda-feira, 7 de maio de 2012

AUTOLATRAIA - A INIQUIDADE DO DIABO

Texto Áureo: Salmos 8.3,4 Verdade Prática: O orgulho é a origem de todos os pecados. É a iniquidade que precede todas as iniquidades. O orgulho leva o homem a adorar a si próprio e a desprezar a Deus. Leitura Bíblica: Ezequiel 28.11-17 Lição 02 INTRODUÇÃO A pior idolatria é quando o homem, esquecendo-se de que é criatura, exalta-se acima do Criador. Haja vista o rei de Babilônia. Engrandeceu-se Nabucodonosor de tal maneira, que veio a concluir ser mais poderosos do que o próprio Todo-Poderoso. E o que dizer daquele Herodes aclamado como deus? Em consequência de sua altivez, foram ambos abatidos. Se o primeiro viu-se constrangido a alimentar-se da comida dos bichos, o segundo, dos bichos, virou comida. Se a autolatria no passado era doença, é epidemia no presente. Nunca o homem exaltou-se tanto. Infelizmente, essa moléstia vai ganhando terreno até entre os que se dizem povo de Deus e seguidores do humilde Nazareno. I. O QUE É A AUTOLATRIA A palavra autolatria é formada por dois vocábulos gregos: autos a sim esmo + latria, adoração. Autolatria, por conseguinte, é a adoração de si próprio. É conhecida também como egolatria. Ou seja: o endeusamento do ego. II. A ORIGEM DA AUTOLATRIA É nas páginas do Antigo Testamento que encontraremos a origem da autolatria. Vê-la-emos no ungido querubim que, devido a sua formosura e elevada posição, exalçou-se, rebelando-se contra o Senhor. E o que diremos de nossos primeiros pais que, seduzidos com a possibilidade de serem iguais a Deus, comeram do fruto proibido? Em consequência, foram Adão e Eva expulsos do jardim do Éden trazendo a maldição sobre todos os seus descendentes. 1. O querubim ungido: Os profetas Isaías e Ezequiel, utilizando-se de tipos humanos, mostram como a autolatria, com todos os seus males, foi introduzida no Universo. Isaías apresenta o príncipe babilônico como um dos mais perfeitos tipos do magistral ente celeste que, embora criado para a glória de Deus, resolveu roubar-lha para si (Is 14.12-19). Aliás, queria ele uma glória superior a de Deus. O profeta destaca-o também como a estrela dalva de tão perfeito que era. Lendo esta passagem, não há como evitar a pergunta: “Pode a perfeição gerar a imperfeição?” Foi o que aconteceu a esse trágico personagem. Somente a perfeição de Deus é sumamente perfeita. Já Ezequiel introduz o ungido querubim, tipificando-o a partir do rei de Tiro. Leia com atenção o capítulo 28 desse profeta, e veja quão glorioso e magnifico era aquele anjo. Sua formosura era tanta que o levou à soberba, e a soberba, à ruína. O anjo que tanto poder detinha, viu-se transformado num ser que tem as trevas como símbolo. 2. Adão e Eva: Embora criados segundo a imagem e semelhança de Deus, nossos primeiros pais não o glorificaram como o seu Criador e Senhor Supremo. Eram criaturas, e disto se esqueceram. E quando confrontados pelo maligno, deixaram-se iludir pela possibilidade de serem iguais a Deus (Gn 3.5). Adão e Eva exaltaram-se, ignoraram o mandamento divino, comeram do fruto proibido w caíram em transgressão, comprometendo toda a sua descendência. Como o santíssimo Deus não tolerava (e não tolera)! A iniquidade, expulsou-o do Éden. Cumpria-se, assim, na vida de Adão e Eva a inexorável sentença: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). O desejo de querer ser como Deus só lhes trouxe dissabores, tristezas e maldições. 3. A autolatria no ministério cristão: Paulo tinha em vista a queda de Satanás ao endereçar a Timóteo a seguinte recomendação: “não seja (o bispo) neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo” (1 Tm 3.6). O que isso significa? O obreiro não experimentado facilmente orgulha-se do que não lhe pertence, e corre o risco de ter o seu castiçal removido (Ap 2.5). Conscientizemo-nos disto: Se estamos no ministério e porque Deus, em sua infinita misericórdia, nos chamou. Cumpramos, pois, fielmente o nosso mandato, e roguemos ao Senhor nos guarde da soberba. Cuidado! A autolatria é uma praga; não pode ser acalentada. Somente Cristo haverá de ser exaltado na Igreja de Deus. III. A ORIGEM DA AUTOLATRIA É nas páginas do Antigo Testamento eu encontraremos a origem da autolatria. Vê-la-emos no ungido querubim que, devido a sua formosura e elevada posição, exalçou-se, rebelando-se contra o Senhor. E o que diremos de nossos primeiros pais, que, seduzidos com a possibilidade de serem iguais a Deus, comeram do fruto proibido? Em consequência, foram Adão e Eva expulsos do Jardim do Éden, trazendo a maldição sobre todos os seus descendentes. IV. ATITUDES QUE LEVAM A AUTOLATRIA Acha-se o presente século contagiado por posturas e atitudes que, cruel e implacavelmente, impelem a humanidade a uma virulenta autolatria. Infelizmente, esta não se tem limitado aos círculos mundanos; jaz-se bem agasalhada em muitos homens e mulheres que professam o nome do Senhor, mas o negam com o seu testemunho. Urge identificar as atitudes e posturas que levam à autolatria, a fim de que possamos livrar-nos delas. 1. A soberba espiritual: Esta é uma das mais nocivas autolatrias; engana, se possível, até os escolhidos. Jeremias, por exemplo, teve muitas dificuldades com as pessoas contaminadas por este vírus. Enquanto o atalaia de Jeová proclamava a Palavra de Deus, vinham os falsos profetas e, atrevida e soberbamente, alegavam que a mensagem de Jeová estava com eles e não com Jeremias (Jr 23.1-40). Quem eram esses sujeitos? Homens corruptos e corrompidos que, assalariados pelo governo de Judá, tinham como tarefa enganar o povo e apregoar uma paz que não existia e uma abundância que não passava de miséria. Assemelhavam-se eles aos falazes teólogos da prosperidade e aos insolentes criadores da confissão positiva. 2. Espírito Altivo: Certa vez um líder neopentecostal afirmou que não concordava com a assertiva bíblica de que os filhos de Deus devemos ser pobres de espírito. Desmerecia ele, assim, a primeira bem-aventurança de Nosso Senhor pronunciada no Sermão do Monte. Segundo o tal líder, temos de ser ricos de espírito. Teria ele se esquecido o complemento da bem-aventurança: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus” (Mt 5.3). Antes de dizermos tais asneiras, atenhamo-nos ao que a Bíblia realmente diz. Ser pobre de espirito significa: 1) depender única e exclusivamente de Deus; 2) colocar nEle toda a nossa suficiência; 3) e agir segundo a sua soberana vontade. Aos pobres de espirito atenta o Senhor; quando aos exaltados, despreza-os Ele (Sl 51.17). Eis chegado o momento de contristarmos nossas almas. Caso contrário: não ouvirá o Senhor a nossa oração. O pobre de espírito jamais cairá no pecado da autolatria. 3. O desprezo pela vontade de Deus: Um ousado discípulo da confissão positiva disse, certa ocasião, discordar do estribilho do hino 127 da Harpa Cristã: “Sim, alegre, atendo ao Teu mandar”, punha-se ele a cantarolar irreverentemente: “Sim, alegre, Ele atende ao meu mandar”. Somente um consumado autólatra poderia dizer, ou melhor, entoar tais sandices. Cumpre anunciarmos ao mundo todo o senhorio de Cristo através de atos e palavras. Ele é o Senhor; nos os seus servos. Que está seja a nossa oração: “Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.9,10). Ver também Rm 14.9; Fp 2.10. Quer evitar a autolatria? Deseja subjugar o orgulho? Coloque a vontade de Deus acima de todas as coisas. Os que se recusam a fazê-lo, agem como aqueles trágicos e desprezados personagens dos Salmos: “Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém quem faça o bem” (Sl 14.1). desprezar a vontade de Deus não é apenas tolice; é também o passo inicial para se cair no abismo onde se encontra o Diabo e seus anjos. CONCLUSÃO O orgulho é o pior dos pecados; é a mais louca das iniquidades. Na génese de todas as impiedades, encontra-se a soberba. Fuja deste pecado! Consagre toda a sua vida ao Senhor Jesus. Afinal, deixou Ele o exemplo dos exemplos. Embora fosse Deus, esvaziou-se o Cristo de todas as suas prerrogativas e glórias, a fim de morrer em nosso ligar (Fp 2.1-11). Se Ele que era Deus fez-se servo, o que não devemos fazer nós que não passamos de servos vis e inúteis? Que o meigo e doce Jesus seja sempre exaltado em nossa vida, por nossa vida e através de nossa vida! Somente Ele merece toda a glória, toda a honra, todo o poder e todas as ações de graças. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Aleluia! Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) Editora: CPAD Trimestre: 4º/2000 Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto Tema Central: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – Quando a idolatria ameaça a Igreja de Cristo Páginas: 07 - 11

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