segunda-feira, 2 de abril de 2012
A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO
Texto Áureo: Neemias 12.43
Verdade Prática: Nosso serviço em prol do Reino de Deus somente terá validade se o dedicarmos ao Senhor em adoração e louvor.
Leitura Bíblica: Neemias 12.27-31,43
Lição 09
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, veremos que Neemias não somente restaurou os muros e as portas de Jerusalém, como restabeleceu o ministério levítico. Assim, puderam os sacerdotes reiniciar suas atividades na festa de dedicação dos muros. A celebração foi marcada pela alegria, louvor e cânticos em ações de graça ao Senhor (Ne 12.24,27). Em sua infinita misericórdia, Deus transformou em regozijo o lamento de seu povo.
I. OS SACERDOTES QUE VIERAM PARA JERUSALÉM COM ZOROBABEL
1. Os que vieram com Zorobabel: O capítulo 12 do livro de Neemias tem início com uma revelação dos sacerdotes que vieram a Jerusalém juntamente com Zorobabel. Como se sabe, foi esse abnegado servo de Deus quem liderou o primeiro grupo de exilados judeus que, autorizados por Ciro, o Grande, deixou a Babilônia rumo à Cidade Santa. Zorobabel incentivou a reconstrução do Templo e restabeleceu a adoração a Deus. Sem tais ações, a restauração de Jerusalém seria impossível. Observe: só foram admitidos como ministros do altar os que puderam comprovar a sua ascendência levítica. Isso nos ensina que o ministério cristão deve ser exercido por aqueles que realmente foram chamados por Deus.
2. O ministério sacerdotal: Descendentes de Levi, tinham os sacerdotes como missão representar o povo diante de Deus. Deveriam eles, portanto, ser santos e irrepreensíveis diante de Deus e dos homens (Lv 21.16-21). Todo sacerdote era levita, mas nem todo levita era sacerdote. Várias eram as suas funções: tornar possível a mediação entre o povo e Deus, fazer a expiação pelos pecados da nação, ensinar a Lei de Deus, queimar incenso e cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição (Lv 10.11; Ez 44.23). Como está o nosso serviço cristão? Temos zelado por nossa chamada?
3. O ministério dos levitas: Somente os levitas estavam autorizados por Deus a trabalhar no Tabernáculo. Eles tinham como função primordial ensinar a Palavra de Deus e como se deve adorá-lo (Dt 33.10). Exímios músicos que eram, eles requeriam que o seu ministério fosse plenamente restaurado, a fim de participarem do culto de dedicação dos muros de Jerusalém.. Consciente dessa urgência. Neemias restabeleceu-os de imediato em suas várias funções. Senhor ajuda-nos a ser mais zelosos para com as coisas que nos confiaste.
II. A DEDICAÇÃO DOS MUROS
1. A participação dos levitas: “E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, cantos, saltérios, alaúdes e harpas” (Ne 12.27). Era imprescindível a presença dos levitas na realização dos sacrifícios e na condução do culto ao Senhor. Afinal, eles eram os responsáveis pela adoração divina. O que aprendemos nesse ponto? Os obreiros tem hoje uma grande responsabilidade diante de Deus: levar o povo a adorá-lo na beleza de sua santidade.
2. A participação dos cantores: “E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa, como também da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém” (Ne 12.28,29). Na dedicação dos muros de Jerusalém, fazia-se obrigatória a apresentação de cânticos de adoração e louvor a Deus. Por isso, Neemias reuniu os 148 (Ne 7.44) e mais 245 que procediam de outras famílias levíticas (Ne 7.67), para que bendissessem ao Senhor. Que importância damos à verdadeira música sacra no culto divino? Que as nossas orquestras e corais sejam assíduos na adoração a Deus.
3. A purificação dos sacerdotes e do povo: “E purificaram-se os sacerdotes e os levitas” (Ne 12.30). Como os filhos de Levi estavam à frente das solenidades da dedicação dos muros de Jerusalém, requeria-se fossem eles um exemplo de pureza e santidade. Caso contrário, como poderiam eles purificar o povo? Mas, como agiam fielmente, os levitas purificaram os demais judeus para que ninguém ficasse de fora daquela ocasião tão especial (Ne 12.30b).
Que ninguém se esqueça da ordenança divina: “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, SENHOR, para todo o sempre” (Sl 93.5 – ARA). De que valem as circunstâncias e pompas do culto se as adoradores acham-se distantes de Deus e comprometidos com o mundo? Não agia assim o Israel do Antigo Testamento? Ouçamos o que diz o Senhor por intermédio de Isaías: “[...] Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13 – ARA).
É urgente, pois, que adoremos a Deus não apenas com os lábios, mas principalmente com o coração. É também chegado o momento de se ensinar aos crentes o valor e a atualidade da doutrina da santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). É da vontade de Deus, pois, que todos os seus adoradores sejam santos (1 Ts 4.3).
III. CELEBRANDO A DEUS PELA VITÓRIA
1. A festa de dedicação: Neemias organizou cuidadosamente o cerimonial da festa de dedicação dos muros de Jerusalém que, tendo em vista as provações a que os judeus haviam sido submetidos, revestia-se de especial importância e significado. Era preciso, pois, que o acontecimento fosse marcado por uma sincera e profunda devoção ao Senhor.
Neemias, então, determinou que fossem organizados dois grandes cortejos, dos quais participariam os levitas, os cantores e os príncipes de Judá (Ne 12.27-43). Um cortejo foi liderado por Esdras; o outro, por Neemias. Os grupos, embora caminhassem em direções opostas, encontrar-se-iam no Santo Templo. Ali, finalmente, foi realizado o grande culto em ação de graças a Deus? Damos-lhe a devida honra?
2. Uma liturgia santa: Neemias teve o cuidado de elaborar uma liturgia ordeira e santa, pois a Palavra de Deus ensina-nos que o culto deve ser conduzido reverentemente. O salmista adverte-nos: “Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra” (Sl 96.9). Você tem cultuado a Deus da forma que Ele requer e merece? Não podemos nos achegar à presença do Senhor de qualquer maneira. Ele é santo e exige santidade do seu povo. Não podemos transformar o culto divino num espetáculo deprimente.
3. Os sacrifícios (v 43): Naquele dia, foram oferecidos muitos sacrifícios a Deus. Os israelitas reconheceram os benefícios do Senhor e demonstraram o desejo de adorá-lo em santidade e pureza. Na Nova Aliança não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais ao Senhor. Todavia, devemos apresentar-nos a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável que é o nosso culto racional (Rm 12.1). Dediquemos-lhe, pois, incondicionalmente nossa vida por tudo que Ele é e tem feito por nós.
CONCLUSÃO
Ensina-nos a vida de Neemias que devemos ser gratos a deus por todas as bênçãos que dEle temos recebido. Assim como fez Neemias, cultuemos ao Senhor reverentemente. O culto e a adoração a Deus não podem ser feitos de qualquer maneira. Que o nosso culto, por conseguinte, seja dirigido com decência e ordem (1 Co 14.40).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/2011
Comentarista: Elionaldo Renovato
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: NEEMIAS – Integridade e coragem em tempos de crise
Páginas: 63 - 70
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário