segunda-feira, 2 de abril de 2012

O VALOR DA TEMPERANÇA

Texto Áureo: Efésios 5.18 Verdade Prática: A Igreja de Cristo sempre primou pela temperança. A vida de seus membros tem de ser um eloqüente protesto contra as inconseqüências e vícios. Leitura Bíblica: Jeremias 35.1-5,8,18,19 Lição 10 INTRODUÇÃO Legaram-nos os recabitas um exemplo tão marcante que, passados vinte e seis séculos, ainda nos inspiramos em seu equilíbrio e temperança. E Deus levou-lhes em conta a piedade. Quando da destruição de Jerusalém, o Senhor deu-lhes suas almas como despojo; foram preservados do mal enquanto os intemperantes e viciosos erram entregues à ruína. O mundo está sendo destruído. Como estamos a nos comportar? Agimos como os recabitas? Ou nos chafurdamos no vícios e prazeres mundanos? Neste domingo, ordena-nos o Senhor que visitemos a casa dos recabitas. I. A ORIGEM DOS RECABITAS 1. Sua origem: Quando o Senhor ordenou a Jeremias que visitasse os recabitas, tinham estes já uma história de aproximadamente 250 anos. De uma tribo nômade e dedicada ao pastoreio, foram pouco a pouco aparentando-se com os queneus e com os descendentes de Jetro, sogro de Moisés (1 Cr 2.55), até se constituírem num expressivo e piedoso clã. 2. Seu relacionamento com Israel: Os recabitas entram na história do povo de Deus de maneira heróica. Jonadabe, um de seus patriarcas, é convidado pelo rei Jeú a extirpar os profetas de Baal do Reino do Norte. Nesta ocasião, o recabita identifica-se como tendo um coração reto diante de Deus (2 Rs 10.15-27). Apesar dos desvios de Jeú e de outros líderes em Israel, mantiveram-se os recabitas fiéis à Lei de Deus, embora não passassem, de forasteiros entre os hebreus. 3. O encontro dos recabitas com Jeremias: Os recabitas achavam-se em Jerusalém para escapar às forças babilônicas que dentro em breve, haveriam de destruir a Cidade Santa. Na periferia desta, armaram eles suas tendas. E agora, recebem o inesperado convite do profeta para se dirigirem à Casa de Deus. Aqui, seria encenado mais um duro sermão aos descendentes de Jacó, visando demovê-los de sua rebelião contra o Senhor. II. O ESTILO DE VIDA DOS RECABITAS Foi exatamente entre as trevas e as apostasias de Israel, que Jonadabe sentiu-se impulsionado a fundar uma sociedade que tinha por base a temperança, a modéstia, a frugalidade e, principalmente, o temor a Deus. Vejamos, pois, qual o seu estilo de vida. 1. Abstinência de bebidas fortes: Resolveram eles absterem-se totalmente das bebidas fortes, pois sabiam muito bem serem estas nocivas à moral e aos bons costumes (Gn 9.20-23; 19.32-38). Além disso, estava o vinho intimamente associado às festas dos ímpios cananeus. Ora, se queriam os recabitas viver como povo de Deus, deveriam primar por uma conduta sóbria e recatada. Tem você vivido de maneira sóbria? Ou tem-se entregado aos vícios? Lembre-se: Deus há de julgar também nossa intemperança. 2. Peregrinações: Vistos de nosso contexto cultural, os recabitas pareciam os mais estranhos dos homens. Além de se absterem das bebidas alcoólicas, faziam questão de viver como peregrinos (Hb 11.13), a fim de protestar contra a intemperança, a injustiça e a idolatria que já dominavam Israel e Judá. Ainda nos consideramos peregrinos do Senhor? Não podemos assimilar a cultura pecaminosa do presente século (Rm 121.1,2; Hb 11.13). 3. Honravam a tradição de seus antepassados: Ao contrário dos Judeus que já se haviam esquecido da Lei de Moisés e do exemplo dos patriarcas, levavam os recabitas em consideração o que lhes havia recomendado Jonadabe filho de Recabe: “Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai” (Jr 35.10). Como haviam eles honrado seus pais, tinha-lhes o Senhor, agora, uma gloriosa promessa (Jr 35.18,19). Eles se houveram com denodo e zelo em relação às tradições dos ancestrais. E, quantas vezes, nós, ignorantes e tolamente, não buscamos destruir tudo o que nos legaram os antigos? As tradições que tem como alvo a pureza do corpo de Cristo e a integridade moral dos filhos de Deus tem de ser mantidas: “Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2 Ts 2.15). Sobre o assunto, pronuncia-se o conceituadíssimo comentarista Warren W. Wiersbe: “A tradição humana não é necessariamente má, a não que contradiga ou se arvore para substituir a Palavra de Deus.” Tem você guardado as recomendações de seus pais? Ou acha que o conselho dos antigos é algo que pode ser descartado em nome de uma modernidade duvidosa e perversa? III. O EXEMPLO DOS RECABITAS A fim de realçar a fidelidade dos recabitas, o profeta os conduz ao Santo Templo. E, aqui, na câmara de Hanã, oferece-lhes taças cheias de vinho, e ordena-lhes que o bebam. Mas o chefe do clã de Recabe recusa-se a fazê-lo. Com esta demonstração de indômita coragem, Jazanias, o maioral dos recabitas, deixa bem patente a todos, principalmente aos ministros do altar, porque eles não se davam ao vinho. O interessante é que o vinho fora posto diante dos recabitas exatamente no interior da Casa de Deus. E os sacerdotes, pelo que inferimos do texto, achavam-se tão presos aos vícios quanto o povo. Os levitas não mais primavam pela temperança! Sem o perceber, estavam comprometendo todo o seu ministério. Você é conhecido pela temperança? Pelo autocontrole? Ou já não liga mais para a sobriedade? Não são poucos os que se acham destruídos pelas bebidas alcoólicas e por outros vícios, hábitos e costumes igualmente nocivos. Não abra nenhum precedente. Não se deixe contaminar seja pelo ambiente social seja pela herança cultural. Lembre-se: Noé e Ló eram muito mais piedosos e firmes do que nós. Todavia, induzidos pelo vinho, portaram-se inconvenientemente. CONCLUSÃO Estamos nos últimos dias. O momento requer sobriedade e vigilância. À semelhança dos recabitas, primemos pela excelência das virtudes cristãs. Caso contrário: seremos tidos como profanos quando da volta do Senhor Jesus. E que jamais nos esqueçamos: a igreja de Cristo tem um forte compromisso com a temperança, com a sobriedade, com a prudência, com os bons costumes e com a excelência moral tanto de seus membros quanto dos que a cercam. Afinal, somos a luz do mundo e o sal da terra (Mt 5.13-16; Ef 5.8-13). Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) Editora: CPAD Trimestre: 2º/ 2010 Comentarista: Claudionor de Andrade Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto Tema Central: Jeremias – Esperança em tempos de Crise Páginas: 69 - 76

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