terça-feira, 13 de março de 2012

OS DONS DE PODER 2


Texto Áureo: Atos 8.6
Verdade Prática: Através da operação de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo, o Senhor Jesus confirma a ação evangelizadora e missionária da Igreja no mundo.
Leitura Bíblica: Atos 8.5-8; 1 Coríntios 12.4-10

Lição 07

INTRODUÇÃO

Antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus prometera aos discípulos revesti-los de poder, a fim de capacitá-los não só a pregar o Evangelho, mas também a operar sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.9-20; At 1.8). Lucas, ao escrever os Atos dos Apóstolos, confirma o que lhes havia prometido Jesus (At 2.43; 8.13; 19.11). A ação evangelizadora e missionária da Igreja era acompanhada, de fatos, por milagres. Pois o Senhor, através do Espírito Santo, dotou os apóstolos e evangelistas com os dons de poder. Ele quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós, também com operações sobrenaturais.
Nesta lição estudaremos o dom de fé, os dons de curar e o dom de operar maravilhas. Através destes dons, a Igreja de Cristo habilita-se a realizar o sobrenatural no reino natural, levando os pecadores a receber o Evangelho, e o mundo a reconhecer o poder de Deus.

I.                   O DOM DA FÉ

1.      Definição: A fé, como dom, tem um caráter distinto da fé salvadora (Ef 2.8) e da fé que como fruto do Espírito, pode ser interpretada como sinônimo de fidelidade (Gl 5.22). O dom da fé, pois, é concedido para as realizações de proezas em nome do Senhor. O hebraísta pentecostal Gordon Chown, afirma que o dom da fé “é o equipamento espiritual e sobrenatural do crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões onde só um milagre glorioso poderia alterar a situação” (Mc 7.24-30). Em outras palavras, é um convite a buscar a intervenção divina para operar o impossível!
2.      A distinção entre o dom da fé e a fé natural: O texto sagrado fala literalmente do “dom da fé” ou “fé maravilhosa” (1 Co 12.9). Isso indica que não podemos confundi-la com a “fé natural” que é implícita e inerente ao ser humano. Através da fé natural, o ser humano possui a capacidade necessária para crer na existência de Deus (Rm 1.19,20). Mesmo a pessoa mais ímpia sabe que Deus existe (Tg 2.19). Portanto, é clara a distinção entre o dom da fé e a fé natural.
3.      Nem todos possuem o dom de fé: Embora todos os salvos possuam a fé salvadora, nem todos são agraciados com o dom de fé, que é concedido pelo Espírito Santo para o crescimento, desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.

II.                 OS DONS DE CURAR
1.      Porque “dons de curar”?: O fato de as duas palavras no original encontrarem-se no plural significa que o Espírito Santo habilita os que recebem os dons de curar a atuarem na cura sobrenatural das mais diversas enfermidades (1 Co 12.9. O Senhor Jesus, pois, capacita a sua Igreja, através desses dons, a curar todos os tipos de doenças: câncer, aids, lepra, paralisia, demência, etc.
2.      O propósito dos dons de curar: Os dons de curar manifestam-se como intervenção especial e direta de Deus em favor daquele quer sofre. Há dois propósitos básicos em seu exercício. O primeiro é atestar o poder do Evangelho com o objetivo de glorificar a Deus (Lc 5.23.2). E o segundo é amenizar o sofrimento humano, confirmando o amor do Eterno pela humanidade (Mt 9.36; Mc 1.41).
Alguns pregadores, usurpando a glória do Senhor, usam os dons de curar para se autopromover, não demonstrando nenhum respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio das coisas sagradas (At 8.17-21), espoliam as igrejas em campanhas que, de Deus, só têm o nome. Descompromissados e vaidosos valem-se da simplicidade do povo e da omissão aos líderes, e, assim, vão ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo.
3.      Os dons de curar e a doutrina da salvação: Apesar de a cura divina fazer parte da obra expiatória de Cristo (Is 53.4,5; Mt 8.14-17), devemos entender que a salvação da lama é mais importante do que a cura do corpo. Embora Jesus possa curara todas as enfermidades, não cura a todos os enfermos. Em sua soberania, Ele somente opera de acordo com a sua vontade. Isto não nos isenta, porém, de orar pelos enfermos, nem de insistir na busca dos dons de curar. Além do mais, se nos pusermos a evangelizar e a fazer missões, os sinais nos seguirão e as curas divinas farão parte de nosso cotidiano (Mc 16.15-20).

III.               O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS

1.      O que é a operação de maravilhas: O dom espiritual da operação de maravilhas é a capacidade sobrenatural que o Senhor Jesus, mediante o Espírito Santo, concede a sua igreja, a fim de que esta opere sobrenaturalmente no terreno do natural, com o objetivo de demonstrar o poder de Deus e a autenticidade da mensagem evangélica (1 Co 12.10). A expressão “maravilhas” significa que a Igreja de Cristo habilita-se, por este dom e de acordo com a vontade divina, a operar de forma sobrenatural nas mais diversas circunstâncias. Um exemplo desse dom, temos num clássico episódio de Atos dos Apóstolos (At 13.4-12).
2.      A atualidade do dom da operação de maravilhas: O livro de Atos confirma a operação desse dom em diversas passagens (At 4.16,30; 14.3; 15.12; 28.3-6). Devemos entender, porém, que as maravilhas somente se manifestam de acordo com a fé de quem ministra e dos que ouvem a proclamação da Palavra. A incredulidade impede a manifestação dos dons espirituais (Mt 13.58).
No Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, é fundamental que nos conscientizemos de que Deus não mudou. Ele continua a operar o impossível e a realizar o sobrenatural. O dom de operar maravilhas, por conseguinte, é tão atual hoje como nos dias da Igreja Primitiva.
3.      A importância desse dom para a igreja: A operação de maravilhas traz o sobrenatural de Deus ao mundo natural dos homens. É o Espírito Santo manifestando a glória de Deus, para que Ele seja louvado e enaltecido e para que o seu Reino expanda-se até aos confins da terra (Lc 19.37; At 9.36-42). Que o Senhor distribua abundantemente os seus dons entre os seus santos, e que o seu nome seja eternamente exaltado.

CONCLUSÃO

Os dons de poder são capacitações extraordinárias concedidas à Igreja de Cristo para a realização da missão proclamadora do Evangelho. Não podemos relega-los à  segundo plano. Busquemos os dons, a fim de cumprirmos ousadamente a obra que nos confiou o Senhor. Afinal, como pentecostais, acreditamos na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (Mc 16.17-20). Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o Espírito de Deus o use.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/2011
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 10 do Centenário: Isael de Araújo
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: Atos dos Apóstolos – Até os confins da Terra
Páginas: 49 - 54

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