Texto Áureo: Mateus 5.11
Verdade Prática: Apesar das perseguições contra a Igreja de Cristo, o evangelho torna-se, a cada dia, mais universal e influente. Nenhuma perseguição haverá de deter o avanço da igreja.
Leitura Bíblica: Atos 8.1-8
Lição 08
INTRODUÇÃO
Semeado em Jerusalém, o sangue de Estevão frutifica a vocação universal da Igreja de Cristo. O que parecia mais uma seita judaica extrapola as fronteiras de Israel como Reino para conquistar o Império. Nesse processo, Saulo de Tarso antagoniza um importante papel. Perseguindo, espalha a cham do evangelho. Mas tarde, já converso e perseguido, leva esta mesma chama até aos extremos da terra.
O martírio de Estevão não foi em vão. Mas tarde, testemunharia Tertuliano (155 – 222), um dos mais importantes apologetas eclesiásticois: “Quando mais nos esmagardes, tanto mais cresceremos, que é semente o snague dos cristãso”.
Neste momento a igreja de Cristo ´eperseguida em todo o mundo. Sim, perseguem-nnos não apenas física, mas cultural e institucionalmente. À semelhança dos cristãos primitivos, quanto mais tentam reprimir-nos localmente, mas universalmente nos espalhamos.
I. OS EFEITOS DA MORTE DE ESTEVÃO
O teólogo inglês Mathew Henry (1662 – 1714), um dos maiores comentaristas das Sagradas Escrituras, escreve mui sábia e aprpriadamente: ‘Algumas vezes Deus levanta muitos ministros fiéis sobre as cinzas de um deles”. Haja vista o martírio de Estevão. Se aos olhos humanos era uma simples execução, à vista divina aquela morte foi o caminho que conduziu muitos à vida, inclusive um homem fero e irreconciliável como Saulo de Tarso. Somente a história haveria de avaliar os efeitos do assassinato daquele justo.
1. Sobre Paulo: Como ouvir um discurso como o de Estevão e não curvar-se às evidências do evangelho? Embora teimase em não reconhecer a Jesus como o Messias de Israel, Saulo de Tarso não pode ficar indiferente às palavras e ao martírio daquele santo. É o que depreendemos destas palavras do próprio Senhor: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões” (At 26.14). Aliás, o mesmo Saulo o confessa: “E, quando o sangue de Estevão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as vestes dos que o matavam” (At 22.20).
A evangelização de Saulo teve início com o sermão de Estevão, em Jerusalém, sebdo complementada, em Damasco, por Ananaiz. Muito em brevce o que localmente perseguira a Igreja, universalmente haverioa de expandi-la de Antioquia a Roma.
2. Sobre a Igreja: Com os termos da Grande Comissão a ecoar-lhes nos ouvidos, sabiam os santos apóstolos que a Igreja não poderia circunscrever-se a Jerusalém (Mt 28.19,20). Mas quando sair à Judeia? Quando alcançar Samaria? E quando atingir os mais distantes lugares da terra? Estando ainda estas perguntas por se responder, eis que o martirio de Estevão prcipita a dispersão da Igreja de Jerusalém.
Ao relatar o evanto, escreve Lucas: “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At 8.4). Por conseguinte, quando aqueles piedosos vbarões puseram-se a sepultar o corpo de Estevão, não sabiam eles estarem, na verdade, semeando uma semnte que, de imediato, multiplicar-se-ia dentro e fora dos termos de Jacó. Não foi exatamente isso o que ensinara o Senhor: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto” (Jo 12.24). Mais tarde, confirmaria o doutíssimo Tertuliano as palavras do Cristo: “O sangue dos mártires é a semente da Igreja”.
As perseguições à igreja não ficaram no passado. Este sistema, que jaz no maligno, tudo faz por sufocar a Noiva do Cordeiro. Está você preparado a defender a sua fé? Morreria por amor a Cristo? Não podemos fugir a essa pergunta. Que a nossa confissão seja tão firme quanto à de Jan Hus (1369 – 1415), reformador protestante da antiga Boemia: “Com a maior alegria confirmarei com meu sangue a verdade que tenho escrito e pregado”.
II. QUANDO A IGREJA É PERSEGUIDA
Quem ainda não leu o excelente livro “Torturado por Amor a Cristo”? Escrito pelo pastor romeno Richard Wurmbrand (1909 – 2001), mostra-nos o quanto a igreja de Cristo sofreu nos países comunistas. Atrás da cortina de ferro, eram os cristãos perseguidos física, cultural e institucionalmente.
1. Perseguição física: Neste exato momento, muitos são os missionários, pastores e leigos que, torturados e até mortos por causa da santíssima fé, fazem boas e ousada confissão ante o verdugo (1 Tm 6.13). Se pusdessemos ouvir-lhes o clamro! Oremos por nossos irmãos na China, na Coreia do Norte, em Cuba e nos países muçulmanos. Em cada uma dessas nações, há uma igreja de Esmirna (Ap 2.8-11). Deixemos, pois, o conforto de Laodicéia e saíamos a espalahra a boa semente do Evangelho.
2. Perseguição cultural: Embora vivamos num contexto cultural, não podemos nos conformar, sob hipotese alguma, com a cultura de presente século (Rm 12.1,2), Rent~çao, comod evemos agir? Se, de fato, somos o sal da terra e a luz do mundo, transformemos a cultura que nos busca envolver através da proclamação da Palavra de Deus (Mt 5.13).
As manifestações culturais deste mundo apregoam sutil e quase que, imperceptivelmente, o relativismo moral, a substituição dos valores bíblicos por uma ética leniente e permissiva e a entronização do homem no lugar que pertence exclusivamente a Deus. Como não podemos nos conformar com tais coisas, somos alijados da vida cultural da sociedade. Não agiam assim os gregos e,m realação ao evangelho (1 Co 1.22-24). O que os inquisidores deste mundo não sabem é que a loucura de Deus é mais sábia do que os homens (1 Co 1.25).
3. Perseguição institucional: Os interesses do Reino de Deus jamais se coadunarão com os deste mundo. Por isso, levantam-se alguns potentados, buscando amordaçar a Igreja de Cristo. Tentam eles, sob o apanágio de um humanitarismo falso e aparatoso, impedi-la de protestar, por exemplo, contra o homosexualismo. Outros buscan descriminalizar prática como aborto e o uso de drogas. E outros ainda afadigam-se em varrer das escolas qualquer vestígio do criacionismo bíblico.
Diante de todos esses ataques institucionais, lembremo-nos da exortação do pastor batista norte-americano, Willian S. Plumer (1759 – 1850). Alerta-nos ele: “Perseguição não é novidade... a ofensa da cruz jamais cessará”.
III. COMO ENFRENTAR A PERSEGUIÇÃO
Assim devemos, portanto, enfrentar a perseguição:
1. Evangelizando e fazendo missões: Se bem atentarmos, constataremos: a Igreja só começou a evangelizar e a fazer missões depois da perseguição que lhe moveram as autoridades judaicas, após a morte de Estevão (At 8.4,5; 13.1-3). O que estamos esperando? É hora de atravessarmos as fronteiras com o Evangelho de Cristo.
2. Apresentando uma apologia de nossa fé: Contra a perseguição cultural e institucional, a recomendação de Pedro é clara e urgente: “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15 – ARA).
3. Conservando nossa identidade como povo de Deus: Somos perseguidos, porque somos um povo especial, zeloso e de boas obras (Tt 2.14). Enfim, representamos tudo o que o mundo odeia. Nós, luz; eles, ainda em trevas. Porfiemos por uma vida santa e justa.
CONCLUSÃO
O Diabo tudo fez por matar a Igreja em seu nascedouro. O que ele não sabia, ou fingiu esquecer, é que as portas do inferno jamais prevalecerão contra a Igreja de Cristo. O Diabo não pôde emudecer a Filipe nem a Paulo. Como diria o tyeólogo A. W. Tozer (1897 – 1963): “O fogo de Deus não pode ser apagado pelas águas da perseguição dos homens”.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2011
Comentarista: Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: Atos dos Apóstolos – Até os confins da Terra
Páginas: 57 - 62
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