sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A ORAÇÃO SABIA


Texto Áureo: 2 Crônica 7.1
Verdade Prática: Apregoar a fidelidade do Senhor e adorá-lo com humildade leva-nos a interceder pelo próximo.
Leitura Bíblica: 2 crônicas 6.12,21,36,38,39

Lição 03

INTRODUÇÃO

Salomão amava ao Senhor, e seguia os conselhos de seu pai Davi. Certa vez Salomão, num ato de adoração ao Senhor, ofereceu mil sacrifícios em Gibeão (1 Rs 3.4). Lá estava o Tabernáculo e o altar de bronze que Moisés havia erigido no deserto (2 Cr 1.2-5). Naquela mesma noite, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão. Neste sonho, Deus faz ao rei uma pergunta, dando-lhe a oportunidade de pedir o que desejasse, e sua resposta foi: sabedoria para governar o povo de Israel (1 Rs 3.3-10). Ao acordar do sonho, ele voltou à Jerusalém, ao Tabernáculo, e ofereceu mais sacrifícios a Deus. Naquela noite, Salomão teve uma experiência com Deus que marcou seu reinado e, enquanto esteve perante o altar do Senhor, reinou com notória sabedoria e sucesso.

I.                   VIVENDO A DIFERENÇA

  1. O lar de Salomão: Salomão viveu num lar marcado por sucessivos problemas morais como o incesto entre seus irmãos Tamar e Amnom (2 Sm 13.1-17); o assassinato de Amnom (2 Sm 13.23-29), a usurpação do trono de Davi por seu filho Absalão (2 Sm 15.1-8), que, mais tarde, prostituiu-se com as concubinas de seu pai (2 Sm 16.20-23). Embora Davi tenha sido um ótimo rei em Israel, deixou muito a desejar como pai.
  2. Salomão e o altar de Deus: As experiências de Salomão com Deus no altar da oração evidenciam que é possível, a qualquer crente, permanecer firme e inabalável na fé, independente do meio no qual esteja, como é o caso de José (Gn 39.7-21), Daniel (Dn 1.8,9), Misael, Hananias e Azarias. Muitos crentes através da história sofreram ao ter de viver a sua fé em ambientes hostis, no entanto, permaneceram fiéis o Senhor (Hb 11.36-38).
  3. A oração de Salomão na inauguração do Templo: A oração de Salomão revela a sua bondade e a grandeza de seu coração para com o povo (2 Cr 6.12-42), bem como manifesta o seu conhecimento sobre o que Deus é capaz de fazer por meio da oração, algo que todo crente deve meditar (2 Cr 7.1,12-18). A confiança no poder de Deus demonstrada por Salomão também deve estar presente na vida dos crentes.

II.                AS CARACTERITICAS DA ORAÇÃO DE SALOMÃO

  1. Salomão confessou que Deus é único (2 Cr 6.14): Em sua oração, Salomão enfatizou o fato de o Senhor ser o único Deus e, portanto, os demais deuses das religiões politeístas serem falsos (Dt 6.4; Is 43.10; 45.22). Que em nossas orações sigamos o exemplo de Salomão, adorando e exaltando ao Criador, porque Ele é o Deu verdadeiro, o único a quem devemos tributar honras, glórias e louvores (Rm 16.27; 1 Tm 1.17; 1 Co 8.6).
  2. Salomão proclama a fidelidade de Deus (2 Cr  6.14,15): A fidelidade de Deus, seu poder e sua perfeição, são a essência de seu ser. Ele cumpre a sua Palavra em tudo o que promete (2 Tm 2.13). Salomão estava vivendo o cumprimento das ricas e infalíveis promessas divinas feitas, antes do seu nascimento, a Davi, seu pai (1 Cr 22.9,10; 2 Sm 7.12-16). A confiança do crente na fidelidade de Deus manifesta em suas orações de petição e gratidão, determinará a maneira como seus descendentes verão a Deus e nEle confiarão e crerão. A vida espiritual santa e abundante dos piedosos cristãos de hoje despertará o povo de amanhã a conhecer ao Senhor.
  3. Salomão era sensível ao bem estar de seu povo: A oração feita por Salomão (VV 12 – 44; 1 Rs 8.22-54) demonstra o seu amor e a sua preocupação pelas necessidades sociais e espirituais do povo; é o ministério de intercessão; da benevolência (Rm 12.13-20).

III.             A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

  1. No Antigo Testamento: Salomão demonstrou a mesma sensibilidade espiritual vista em Abraão, quando intercedeu diante de Deus, antes da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 18.22-33). O mesmo sentimento teve Moisés, concernente ao povo de Deus escravizado no Egito. Ele sofria pelo povo (Hb 11.24-26). Em angústia, suplicava por socorro aio Senhor, que lhe respondia (Ex 6.1-10; 14,15).
  2. No período interbíblico: O vocábulo interbíblico significa “entre a Bíblia”, ou seja, período entre o Antigo e o Novo Testamento. Sabemos que neste período não houve nenhuma revelação divina escrita, porém, acreditamos que os piedosos servos de Deus deste período oravam, aguardando a vinda do Messias e a redenção em Jerusalém (Lc 2.36-38).
  3. Em o Novo Testamento: Ana, a profetisa, filha de Fanuel, viúva de quase 84 anos, não cessava de orar no Templo na época do nascimento de Jesus (Lc 2.36-38). Seu assunto central nas orações era a redenção em Jerusalém (v 38). Todo crente foi chamado por Deus para fazer parte do reino sacerdotal do Senhor (1 Pe 2.5,9). A tarefa do sacerdote era interceder pelo povo perante o Senhor. Hoje o crente desempenha para Deus a missão de intercessor, clamando em favor do povo de Deus e dos pecadores.


CONCLUSÃO

A prática da oração intercessória leva o crente sensibilizar-se diante das necessidades do próximo. Você tem orado pelos outros? Salomão não pediu nada para si, mas pediu sabedoria para governar seu reino. Quando orar, não seja egoísta. Aprenda com Salomão e ore ao Senhor, rogando-lhe sabedoria para servir a Ele e, por conseguinte, ao próximo.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/ 2010
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: O poder e o ministério da oração – O relacionamento do cristão com Deus
Páginas: 18 - 25

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