quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

DISTORCOES DA FE POSITIVA

Sexta-feira, 1 de Julho de 2011 18:03
Texto Áureo: Jeremias 5.30
Verdade Prática: As crenças da Confissão Positiva, apesar das aparências, não podem ser comprovadas nas Escrituras Sagradas.
Leitura Bíblica: 1 Timóteo 6.3-5; 2 Timóteo 4.3-5

Lição 04

INTRODUÇÃO

      Confissão Positiva é o nome de um movimento que ora permeia o seio da Igreja, expondo uma teologia estranha ao cristianismo bíblico. O problema mais sério desse movimento é a crença num deus totalmente alheio ao revelado nas Escrituras, num Jesus divorciado dos ensinos do Novo Testamento e na deificação do homem.
 
I.                   HISTÓRIA
 
  1. Influência ocultista: O movimento Confissão positiva, que age entre as igrejas evangélicas pentecostais, tem sua origem no ocultismo, e não no pentecostalismo. Sua origem remonta a Finéias Parkhust Quimby (1806 – 1866). Este curandeiro e hipnotizador negava a existência da matéria, do sofrimento, do pecado, da enfermidade, etc. Fundador do Novo Pensamento, tornou-se conhecido como o guru da Ciência da Mente. Suas idéias influenciaram a Mary Baker Eddy que, em 1879, fundou a Igreja da Ciência cristã.
  2. Pai da Confissão Positiva: Essek William Kenyon, que se destacou nas décadas de 30 e 40, foi influenciado pela Ciência Cristã, Ciência da Mente e pela Metafísica do Novo Pensamento. Ele é reconhecido hoje como o Pai da Confissão Positiva que, por sua vez, identifica-se com a Teologia da prosperidade e com a palavra da Fé ou Movimento da Fé.
  3. Principais profetas da Confissão Positiva: Os atuais profetas da Confissão Positiva são bem identificados nos Estados Unidos, no Brasil, em Portugal e demais países de fala portuguesa. O perfil desses obreiros fraudulentos acha-se bem traçado na Bíblia em 1 Tm 6.3-6; 2 Co 11.13-15; Ef 4.14; 2 Jo VV 9,10.
Em Portugal, uma ramificação do Movimento da Fé, chamada Maná, vem causando sérios transtornos aos cristãos que primam pela ortodoxia bíblica. (Eis aqui dois bons livros sobre esses movimentos: Cristianismo em Crise, de Hanegraaff, Edições CPAD, e Supercrentes, de Paulo Romeiro, Editora mundo Cristão).
Os mentores e promotores da Confissão Positiva julgam-se acima da crítica. Eles ameaçam a tantos quantos contestam a sua mensagem, citando o Sl 105.15: “Não toqueis nos meus ungidos”. Todavia, o próprio Deus desafia o homem a examinar a Bíblia (Is 34.16). Jesus, certa vez, lançou este desafio aos seus contemporâneos: “Quem me convence de pecado?” (Jo 8.46).
O Senhor Jesus ainda nos recomenda a reconhecer tais obreiros por seus frutos (Mt 7.16). Por conseguinte, todo cristão está revestido da autoridade da palavra de Deus para detectar, examinar e rejeitar as doutrinas heréticas (Rm 16.17,18; 1 Tm 4.16; Tt 1.9).
 
II.                DEUS E O HOMEM
 
  1. Relato alternativo da criação: Os pregadores da prosperidade reduzem Deus à categoria dos homens, e elevam os homens à categoria de Deus. Afirmam que você precisa ter a fé de Deus para falar e as coisas acontecerem. E que a fé foi a substância que Deus usou para criar o Universo.
A gravidade dessa doutrina é que reduz Deus à categoria dos seres humanos.
Eles se esquecem de que Deus é Onipotente, Onisciente e Onipresente, Criador dos céus e da terra. Ele transcende a criação, e tem o controle do Universo. Deus criou todas as coisas pela sua Palavra (Sl 33.9; Hb 11.3). Fé é algo para nós, seres humanos, pois ela “é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das que se não vêem” (Hb 11.1).
  1. Deus: O nosso Deus é soberano. Ele ouve as nossas orações e opera em favor dos que o buscam. Na Confissão positiva, dá-se o inverso. Aqui, soberano é o homem, ficando Deus sujeito à vontade humana.
a)      Um Deus estranho: Segundo eles. Deus se parece muito com o homem. Tal concepção da Divindade constitui-se numa zombaria e num insulto aos cristãos.
b)     O Deus da bíblia: O Deus verdadeiro, revelado na Bíblia, não é o mesmo concebido subjetivamente pelos profetas da Confissão Positiva. Deus é infinito (1 Rs 8.27) e Onipotente (Is 40.12-15). Ele é espírito (Jo 4.24). Ele enche o céu e a terra (Jr 23.23,240. Além dEle, não há Deus alguém 9Is 43.10; 44.6,8). Nenhum de seus pensamentos pode ser impedido (Jó 42. 2)
  1. O homem: Segundo a Confissão positiva, o homem é a duplicação de Deus. “O homem... foi criado em termos de igualdade com Deus”. Noutras palavras: Adão foi uma exata duplicação de Deus! “Deus assumiu a natureza humana pára que o homem assuma a natureza divina”. Essas declarações da Confissão Positiva são perversões doutrinárias; chocam a qualquer cristão de bom senso.
a)      A resposta bíblica: A idéia de se deificar o homem começou com Satanás no jardim do Éden (Gn 3.4,5). Mas há uma diferença abissal e infinita entre o homem e Deus. Deus não é o homem (Nm 23.198) nem o homem é Deus (Is 31.3; Ez 28.2,9; Os 11.9; At 14.11-15). Duas verdades fundamentais que todo homem precisa saber: Primeira: “Há um só Deus verdadeiro”; segunda: “Pode estar certo que você não é ele”. (Michel Horton)

III.             O SENHOR JESUS CRISTO
 
  1. O credo da Confissão Positiva: O Jesus da Confissão Positiva não é o mesmo revelado no Novo Testamento. É completamente estranho ao Cristo dos evangelhos.
O Jesus da Confissão positiva morreu duas vezes: física e espiritualmente. A morte física foi na cruz; esse sacrifício, porém, segundo eles, não salva. Na morte espiritual, ainda segundo eles, Jesus foi levado ao inferno para padecer nas mãos de Satanás. É esta, ensinam esses falsos mestres, a morte que salva. Trata-se, pois, de outro Jesus (2 Co 11.4).
  1. Redenção na cruz do Calvário: A morte vicária de Jesus de que fala o Novo Testamento diz respeito à morte física (Ef 2.13-15; Hb 10.19,20; 1 Pe 4.1; 1 Jo 1.7; Ap 1.5). A nossa redenção, portanto, foi efetuada na cruz do calvário, e não no inferno, como o querem os porta-vozes da Teologia da prosperidade.

IV.             RIQUEZA E SAÚDE
 
  1. Visão distorcida: Os profetas da Confissão Positiva são chamados também de profetas da prosperidade. Pregam que a enfermidade é pecado ou resultado da falta de fé. Ensinam também que qualquer sofrimento que sobrevém ao cristão é evidência de incredulidade ou pecado. Noutras palavras: prosperidade, dinheiro e saúde são a marca registrada do cristão; são o instrumento aferidor do grau de espiritualidade e da santidade do crente.
  2. Origem da doença: É verdade que a doença é conseqüência da queda do Éden (Rm 5.12), mas dogmatizar, afirmando que todos os enfermos estão em pecado, ou que não tem fé, é ir além do que está escrito.
Há casos de pessoas que enfermaram por desobediência a Deus (Nm 12.10); em outros, a enfermidade levou á morte, como o rei Uzias (2 Cr 26.19-23) e Herodes Agripa I (At 12.21-23). Por outro lado, há casos de homens de Deus enfermos fisicamente: Timóteo (1 Tm  5.23) e Trófimo (2 Tm 4.20). Devemos ter discernimento para saber quando o caso é puramente clínico e quando é espiritual.
  1. Riqueza e pobreza: A Bíblia ensina que nem a pobreza nem a riqueza são virtudes. A Palavra de Deus, aliás, em momento algum trata a pobreza com desdém. A vida do homem não se constitui dos bens que possui (Lc 12.15). Não devemos ir para um extremo, nem para o outro (Pv 30.8,9). Qualquer extremo é perigoso.
É verdade que a riqueza é benção de Deus desde que adquirida de maneira honesta e não vise exclusivamente aos deleites deste mundo (Tg 4.3). caso contrário: seremos escravizados por ela. Mas também é bom saber que a pobreza não é símbolo de maldição (Pv 17.1; 1 Tm 6.7-9). A Bíblia condena o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10), pois a avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5). Tudo aquilo que o homem ama mais do que a Deus, torna-se o seu deus (Fp 3.19).
 
CONCLUSÃO
 
Algumas pessoas ficam hesitantes ante as pretensões e alardes da Confissão Positiva. Cremos nas maravilhas de Deus e na obra do Espírito Santo. Somos testemunhas de curas e outros milagres que o Senhor Jesus tem operado mediante o seu Espírito. São promessas divinas exaradas na Bíblia (Mc 16.17-20; Jo 14.12). Somos continuação da Igreja do Senhor: o mesmo povo, servindo ao mesmo Jesus, na mesma dispensação. Nem por isso seremos ingênuos para aceitar doutrinas forjadas, subjetivas e nocivas à fé cristã.
 
 
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Comentarista: Antonio Gilberto
Tema Central: Seitas, Religiões e Heresias
Páginas: 25 - 32

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